O título da canção “Marangê” tem um significado especial para o músico Aldo Barreto. Ele remete ao nome do personagem retratado na letra da música, um homem que sai em uma jangada para o mar, “navegando para dentro do mundo”. Ou melhor, para dentro de dois mundos: não só o terrestre, mas também em direção ao interior do personagem, em uma autorreflexão. “Marangê”, também o nome do álbum, simboliza mais do que isso. “A Música representa o início da minha jornada de querer me tornar cantor e compositor. Ela me fez acreditar que eu poderia alcançar isso”, explica o artista.

No dia 17 de dezembro, o Teatro Décio de Almeida Prado recebe Aldo Barreto para o show de lançamento deste álbum, que é seu trabalho de estreia. A essência de “Marangê” é o pensamento sobre a busca para se encontrar no mundo. “Para a grande maioria de nós, achar esse caminho é muito difícil, e o disco trata dos nossos questionamentos, dúvidas e conclusões durante essa jornada”, afirma Barreto. Inspirado por Sting e Gilberto Gil, o cantor afirma misturar em suas canções MPB, música pop, nordestina e africana, além do reggae e do jazz. “Esses artistas são as minhas maiores influências, e acho que eles têm essa diversidade também”.

O álbum contém três canções muito pessoais para Barreto, que tratam do seu falecido pai: “Contigo do Lado”, “Pra Te Ver Cantar” e “Rio ao Lado”. Cada uma delas foi escrita em um momento diferente – a primeira, o artista entregou de presente para o pai no que seria o último aniversário dele; a segunda foi escrita em um momento de grande luto, um mês após o falecimento; o último já dois anos depois desse acontecimento.

Aldo Barreto foi integrante do grupo de música instrumental Ciranda e fundador do grupo de forró Banda Quixabeira. Entre 1999 e 2004, foi baterista e compositor da banda do cantor Peninha.

Por Gabriel Fabri

Serviço: Teatro Municipal do Itaim Bibi Décio de Almeida Prado. R. Cojuba, 45, Itaim Bibi. Zona Oeste.| tel. 3079-3438. Dia 17, 21h. Grátis. Livre