Orquestra Paulistana de Viola exalta cultura caipira em shows

“São Paulo, a Capital mais caipira do Brasil” é apresentado em sete espaços culturais

 Com 20 anos de trajetória artística, a Orquestra Paulistana de Viola Caipira leva seu show “São Paulo, a Capital mais caipira do Brasil” para quatro casas de cultura, dois centros culturais, além do Teatro Leopoldo Fróes. A série de apresentações especiais e gratuitas integra a política da Secretaria Municipal de Cultura de fazer o intercâmbio entre artistas renomados e locais, promovendo a circulação de todos pela cidade.

Repertório eclético
Sob a regência do maestro e fundador Rui Torneze, a Orquestra Paulistana de Viola Caipira é formada exclusivamente por violas caipiras de dez cordas. Em suas apresentações, os músicos transitam por um repertório eclético, que vai desde a música sertaneja de raiz, passando pela MPB até chegar a inusitados arranjos de música erudita. “Nossos espetáculos são sempre uma grande surpresa por conta da abordagem que criamos. O público acaba saindo presenteado e se identifica de uma forma ou de outra”, afirma Torneze.

Neste show, o grupo toca somente canções caipiras de raiz, e o diferencial da apresentação fica por conta do formato. “A música caipira tem ritmos específicos. Então, nós vamos fazer uma mostra de cada um deles e explicar para o público presente de onde eles vêm e como se formaram. Ou seja, é uma apresentação de cunho cultural”, explica o maestro.
“A Majestade, o Sabiá”, de Roberta Miranda; “Meu Reino Encantado”, de Valdemar Reis e Vicente Machado; são algumas das canções do repertório escolhido, que conta também com o “Hino Nacional Brasileiro”, sempre presente nas apresentações. A Orquestra faz questão de tocá-lo, pois remete à expressividade de sua formação. “Falamos muito da coisa da Terra e acaba sendo bem patriótico. Além disso, o hino emociona muito as pessoas quando tocado na viola”, comenta Torneze.

Para o maestro, o hino é um bom comparativo para definir a música caipira. “Ele tem a introdução, em seguida a parte cantada, depois o início outra vez e continua com o canto. Na música caipira, é igualzinho. É como se fosse uma receitinha de bolo. Ela sempre começa com uma parte instrumental.”

Sonhos e realidade
O Orquestra lançou cinco álbuns e dois DVDs, um deles gravado ao vivo durante uma turnê em Portugal. Ao longo de sua trajetória de 20 anos, o grupo já teve alguns de seus sonhos realizados. Dentre eles, as participações especiais de vários artistas de sucesso da música sertaneja e popular brasileira em seus shows, como Sérgio Reis, Chitãozinho e Xororó, Renato Teixeira, Vanessa da Mata, Frejat e Tiê. Além disso, o grupo conta com músicas suas presentes em trilhas sonoras de novelas e aparições na televisão.

Torneze confessa que, para complementar a lista de desejos, só falta uma coisa por enquanto: “Queremos tocar no Brazilian Day, em Nova York. Já fizemos grandes eventos aqui. Lá, seria uma coisa interessante porque nunca se apresentou nenhum grupo que tocasse, definitivamente, a música caipira de raiz.”

| Letícia Chiantia

 

 

 

Apresentações:
| Teatro Leopoldo Fróes. Rua Antonio Bandeira 114.| tel. 5541 7057. Dia 9, 20h
| Centro Cultural Olido – Sala Olido. Av. São João, 473. Próximo das estações República, Anhangabaú e São Bento do metrô. Centro. | tel. 3331-8399 e 3397-0171. Dia 10, 19h
| Centro Cultural do Grajaú – Palhaço Carequinha. R. Professor Oscar Barreto Filho, 252, Capela do Socorro. Zona Sul. Tel.: 5531-0382. Dia 11, 19h30
| Casa de Cultura de São Miguel Paulista. Rua Irineu Bonardi, 169, Vila Pedroso, São Miguel Paulista. Zona Leste.Tel.: 2297-9177. Dia 17, 19h30
| Casa de Cultura Chico Science. Av. Tancredo Neves, 1265, Moinho Velho. Zona Sul. Tel.: 2969-7066.Dia 24, 16h
| Casa de Cultura Raul Seixas. Rua Murmúrios da Tarde, 211, Itaquera. Zona Leste. Tel.: 2521-6411. Dia 25, 16h
| Casa de Cultura da Brasilândia. Praça Benedicta Cavalheiro, s/nº, Brasilândia. Zona Norte.Tel.: 3922-9123. Dia 30, 19h
| Grátis