O monarca Nabucodonosor II, rei da Babilônia entre 604 e 562 antes de Cristo, é personagem da ópera “Nabucco”, do compositor italiano Giuseppe Verdi. O espetáculo, encenado em quatro atos e que teve sua estreia em Milão em 1842, é apresentado no Theatro Municipal entre os dias 22 e 30 de setembro. Com direção de Cleber Papa, a peça conta com o acompanhamento da Orquestra Sinfônica Municipal (OSM) e do Coro Lírico.

A trama da ópera acontece a partir da invasão de Jerusalém por Nabucco, cuja filha Fenena é mantida refém pelos hebreus. Após recuperá-la e incendiar o templo dos judeus, Nabucco retorna à Babilônia, onde uma trama de intrigas se desenrola, a partir do boato de que o rei estaria morto e da descoberta de que a sua outra filha, Abigalle, é, na verdade, filha de escravos.

Escrita na época em que o norte da Itália estava ocupado pelo império austro-húngaro, a ópera tem em seu terceiro ato a ária “Va, pensiero, sull'ali dorate”, conhecida como o “Coro dos Escravos Hebreus”, e que se tornou um símbolo nacionalista italiano frente à ocupação estrangeira. É também considerada uma das primeiras grandes melodias de Verdi.

Por Gabriel Fabri