Um repertório abrangente de músicas populares brasileiras é o que o público pode esperar da apresentação única da Orquestra Jazz Sinfônica no Teatro Paulo Eiró, no dia 8 de outubro, que sobe ao palco apenas com os músicos de sua big band. O concerto inclui versões orquestradas de canções como “Garota de Ipanema”, de Antônio Carlos Jobim, e “Choro de Gafieira”, de Pixinguinha.

O maestro Fábio Prado explica que o diferencial da Orquestra é a existência de uma big band em sua formação, inspirada nas bandas de jazz estadunidenses. “Uma característica desses grupos é o improviso”, afirma. “Após o tema principal, nós abrimos para os músicos experimentarem em cima da canção, como acontecia no jazz”. Em uma big band, cada instrumentista tem um solo original para apresentar – nas apresentações da Jazz Sinfônica, é permitido aos músicos realizarem esse tipo de experimentação.

De acordo com o maestro, fazer música popular na configuração de Orquestra é um desafio. O fundamental, para ele, é que os artistas consigam transmitir o que ele chama de “sotaque” da canção original. “A música popular tem uma malevolência e um idioma próprios, portanto essa é uma linguagem que a orquestra tem que desenvolver”, conclui Prado.

A big band é composta por piano, bateria, baixo, guitarra, cinco saxofones, quatro trombones, quatro trompetes e uma tuba.

Por Gabriel Fabri

Serviço: Teatro Paulo Eiró. Av. Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro. Zona Sul. | tel. 5546-0446 e 5686-8440. Dia 8, 11h. R$20. Livre