Exposição da ONU sobre aquecimento global chega ao Centro Cultural Grajaú

Instalação “As vozes da Amazônia e seus recados para o mundo” integra campanha “Nós >> o movimento” e fica em cartaz até 5 de novembro

Uma coleção de fotografias clicadas pela artista indígena Moara Tupinambá (autora do livro “O sonho da Buya-wasú”) estrelam a exposição “As vozes da Amazônia e seus recados para o mundo”, que ocupa o Centro Cultural Grajaú de 8 de outubro a 5 de novembro. Nos retratos, estão oito figuras pouco conhecidas do público, mas essenciais na luta diária pela conservação da Floresta Amazônica. A mostra faz parte da campanha Nós >> o movimento, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Os personagens representados são tão diversos quanto a flora que defendem. Celina Pinayé é ambientalista e defensora dos direitos de pessoas com deficiência, ela mesma pertencente ao espectro autista. Denis Minev, co-fundador e conselheiro da Fundação Amazônia Sustentável, tem o olhar voltado para a sobrevivência econômica das populações ribeirinhas. Já Hamilton Condack é coordenador presidente da Cooperativa de Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado (RECA) e defende o reflorestamento como medida para redução do impacto ambiental da produção de alimentos, além da redução do desmatamento e da pegada de carbono. A mesma bandeira é levantada por Valmir Ortega, do instituto Conexões Sustentáveis (Conexus).

A educação ambiental é o foco de Micaela Valentim, que trabalha para trazer a população local para a preservação do meio-ambiente e do clima. Também pensam a educação a engenheira florestal Patrícia Cota Gomes, ligada à preservação dos saberes tradicionais de povos indígenas, e Samilly Valadares, fundadora do Projeto Perpetuar, que trabalha com a identidade e a educação quilombola. Por fim, o rapper, artista visual e articulador cultural Jander Manauara representa o Hip Hop amazonense e usa sua música para questionar a destruição da floresta e abrir os olhos do público para a necessidade de preservação.

A exposição, composta por totens com as fotografias e informações sobre a artista, a campanha e os personagens, passou pelo Parque Ibirapuera em setembro, como parte da Bienal Internacional de Arte de São Paulo. A fotógrafa e as personalidades foram escolhidas pela ONU, no intuito de promover o debate sobre o clima e envolver os brasileiros nessa discussão, antecipando a 26ª sessão da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26) que acontece de 1° a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia.

Durante o período expositivo será realizado, também, o registro audiovisual da exposição. O material produzido será veiculado nas redes da ONU Brasil (Youtube: https://youtu.be/LjbfjZWwNxk) e compartilhado com a gestão do Centro Cultural Grajaú e outras pessoas multiplicadoras da campanha.