O cinema asiático atual desenvolve uma nova fórmula de produzir filmes em que os diretores buscam exibir nas telas uma visão de seus países a partir do avanço tecnológico e dos valores atuais que desafiam a tradição milenar. Na contramão dessa tendência, o veterano Yoji Yamada costuma abordar em sua obra temas ancestrais, porém de forma inovadora. Indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2004, O samurai do entardecer retrata o universo do guerreiro de uma forma não-convencional, conduzindo a trama a partir de um drama pessoal. No filme, o diretor huhumaniza o personagem expondo sua condição de viúvo, pai de duas filhas e envolvido com um amor de infância.

Yamada é também conhecido por dirigir a série cinematográfica É triste ser homem, considerada
a mais longa da história do cinema, com 48 episódios. Iniciada em 1969 e estrelada por Kyoshi Atsumi vivendo Tora-san, um mascate que perambula pelo Japão, a série só terminou após a morte do ator em 1996.

Entre os filmes da mostra está também Anos dourados do cinema, que trata da sempre curiosa transição do cinema mudo para o falado. Por sua forma pessoal de abordar temas cotidianos e complexos de uma maneira natural, Yamada, atualmente com 76 anos, é tido como o “cineasta
da simplicidade”.

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