O Auditório Ibirapuera apresenta duas bandas que mostram irreverência na maneira de apresentar a música produzida em seus países: a argentina Orquestra Típica Fernándes Fierro e a norte-americana Ozomatli.

Inovando na arte de interpretar o tango tradicional, a Fernándes Fierro leva ao palco músicos que trocaram os ternos bem cortados por bermudas, os sapatos de verniz por tênis e cabelos com brilhantina por fartas tranças rastafari. O visual peculiar deu certo. Desde que foi criada, em 2001, por 12 jovens argentinos, a orquestra, com seu jeito descontraído, apresenta releituras modernas dos tangos clássicos, além de composições dos próprios integrantes. Seu estilo revolucionou o tradicional cenário “tangueiro” de Buenos Aires, recebendo a adesão empolgada da juventude e fazendo, em pouco tempo, sucesso não apenas em seu país como também em outros da América Latina e Europa. Seu quarto disco, Mucha mierda, foi considerado pelo jornal La Nación um dos dez melhores do ano na Argentina. Em sua segunda visita ao Brasil, a orquestra apresenta-se dias 8 e 9, às 21h.

Já a banda Ozomatli (nome do deus asteca da dança) faz sua estréia em solo nacional dia 10, às 18h. Formado em 1995, em Los Angeles (Estado Unidos), o grupo multiétnico logo se tornou conhecido por suas letras ativistas e pela grande variedade de estilos que toca, mesclando a música negra com a latino-americana e transitando com a maior desenvoltura pelo soul, funk, salsa, reggae, rap, samba e calipso.

Tão insólita quanto o grupo argentino, a banda tem na diversidade de seus nove integrantes o fator que a diferencia das demais. Entre eles há um vocalista cubano, um percussionista japonês, um trompetista salseiro e até um baixista funkeiro.

Serviço: Auditório Ibirapuera. Zona Sul. Orquestra Típica Fernándes Fierro. Dias 8 e 9, 21h. Ozomatli. Dia 10, 18h. R$ 30