Contato-improvisação é tema de encontro na Galeria Olido

No desenvolvimento de uma coreografia, o diálogo lógico entre os corpos não admite acasos e depende da perfeita sintonia entre os intérpretes. Há situações, no entanto, em que a equação é rompida, criando-se uma nova forma de dançar. Essa técnica de dança contemporânea, desenvolvida nos anos 70 pelo coreógrafo norte-americano Steve Paxon, é tema do 1º Encontro Internacional de Contato-Improvisação de São Paulo, que acontece no Centro de Dança da Galeria Olido, de 12 a 17.

O evento oferece oficinas, mesas-redondas e apresentações de dança com coreografias que
exploram possibilidades que vão muito além da “ação e reação”. Tica Lemos, precursora da prática no Brasil, acredita que a técnica pode ser considerada uma espécie de dança-esporte. “No lugar da quadra está um palco sobre o qual surgem estratégias, jogos e uma compreensão de imagens e poesia muito intensa”, afirma.

Outra participante do Encontro, Cristina Turdo, da Argentina, foi uma das primeiras a divulgar contato-improvisação em Buenos Aires. “Foi a geração de Paxton e Nancy Stark Smith que lançou a pedra fundamental. A partir deles, surgimos nós”, conta. Por ser profunda conhecedora do assunto e professora titular do Instituto Universitário Nacional Del Arte (Iuna), na capital portenha, Cristina é constantemente convidada para coordenar seminários em diversos lugares do mundo. Sob sua organização, ocorre, anualmente, em Buenos Aires, desde 1999, um evento semelhante ao realizado em São Paulo.

Entre os coreógrafos convidados estão também Giovane Aguiar (Distrito Federal), Fernando Neder (Rio de Janeiro), Camila Vinhas, Ricardo Neves e Raymundo Costa (São Paulo) e Daniel
Lepkoff (Estados Unidos).

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