Biblioteca Mário de Andrade (BMA) - Programação de Julho

Confira a programação completa

Exposição
MicroCosmos
de Cláudia Tostes

de 25 de maio a 25 de agosto de 2024
Sala de estudos


Na exposição inédita Microcosmos a artista plástica Claudia Tostes apresenta 8 obras que representam as florestas e sua potência simbólica para as cosmovisões humanas. As obras variam de técnicas e superfícies: telas e pintura em madeira. Nelas, os temas botânicos se intercruzam com elementos das cosmologias das religiões de matriz africana e indígenas. O objetivo da mostra é despertar no público a experiência sensorial da mata densa e o encantamento com as florestas e seus microcosmos através de imagens, cores e texturas elementares da natureza. A vívida profusão desses elementos trazem ao espectador recortes, detalhes em zoom in da exuberante vida nas florestas. Claudia Tostes relembra que na natureza não existem contornos herméticos, mas continuidades, mimetismos e fluxos. Em suas obras não só os caminhos e elementos se cruzam, mas as diversas escalas e perspectivas, do micro ao macrocosmo. Além de uma experiência estética, a exposição Microcosmos é também uma experiência política de encantamento do olhar através da potência e multiplicidade dos habitantes da floresta, sejam eles humanos ou não-humanos.


Claudia Tostes é uma artista plástica que aborda em suas obras temas contemporâneos relativos à natureza, tendo como mote e substrato principais a botânica. O pano de fundo conceitual e político de sua criação é o elogio e a defesa das florestas e de seus habitantes. Tostes nasceu em Belo Horizonte. Começou sua carreira em Brasília participando de festivais culturais e trabalhando como assistente da artista ceramista Celeida Tostes. Cursou Artes Visuais no Parque Lage, no Rio de Janeiro. Em Florianópolis trabalhou com esculturas de ferro. Em Barcelona (Espanha) envolveu-se com a arte têxtil. Em Paris (França) aperfeiçoou sua pesquisa de linguagem artística. Também exerceu atividades artísticas em países como Portugal, Alemanha, Suécia e Uruguai. Atualmente vive em São Paulo, onde trabalha em seu ateliê. Dentre seus trabalhos mais relevantes e recentes destacam-se a exposição itinerante inédita “Há Muita Vida Aqui Dentro!”, realizada pelo Metrô Linha de Cultura e Metrospoficial, que contemplou as estações Clínicas, República São Mateus (São Paulo, 2022/2023); a exposição também inédita "Mátria: Mãe pátria numa perspectiva feminina”, naA7MA Galeria (São Paulo, 2023), a reedição da exposição “Há Muita vida aqui dentro!” pela Virada Sustentável SP (São Paulo, 2023) e a pintura do mural “Life on the High Seas”para o “The Outlaw Ocean Mural Project” (São Paulo, 2022).Uma de suas obras integra o acervo pessoal do filósofo e escritor Ailton Krenak.

 

 

Exposição
Construo assim minha própria carne
com Aun Helden, Sansa Rope e Nuno Q. Ramalho
Curadoria Alice Granada

de 8 de junho a 11 de agosto
Sala de exposições (3º andar)


CONSTRUO ASSIM MINHA PRÓPRIA CARNE explora as interseções e divergências entre diversas práticas de construção sócio-bio- tecnológica do corpo que, rejeitando um conceito de naturalidade como aceitação passiva das condições de formação dadas pela sorte, decide tomar as rédeas de seu próprio desenvolvimento, buscando atualizar em sua própria estrutura física a virtualidade imaginada por si. Do bombeamento de silicone industrial no esculpir do corpo histórico travesti à injeção de synthol no fluffing bodybuilder, passando pelo uso de intervenções cirúrgicas e hormônios sintéticos para anular ou reforçar a expressão corporal de gênero, criando e destruindo conscientemente seus próprios músculos, gordura e ossos, tais práticas materializam igualmente sonhos e pesadelos da carne. Com curadoria de Alice Granada, a exposição traz obras de três artistas: Aun Helden apresenta performance cuja pesquisa pode ser resumida na seguinte questão: o que resta quando recusa-se a mulher à aspiração por um corpo nos moldes da hiperfeminilidade esperada pela hegemonia cisnormativa? Sansa Rope expõe sua estréia no suporte escultórico, no qual explora a mesma pergunta, em sentido inverso: que pesadelos são incorporados quando aceitamos tornarmo-nos a imagem extrema das expectativas dominantes sobre o corpo feminino? Por fim, Nuno Q. Ramalho expõe pela primeira vez em São Paulo seu trabalho em mural, em recorte que explora a relação entre o anamorfismo de suas imagens - projetadas para transbordar a planitude das paredes - e a dismorfia corporal que com frequência motiva a corrida incessante rumo ao devir-monstro, sobretudo masculino, observado em subculturas fisiculturistas.


Alice Granada é curadora independente de arte contemporânea. Iniciou sua pesquisa no ambiente digital através da página @ artes.alheias e com a exposição virtual O Mundo É Digital, Mas Alguém Ainda Tem Que Fazer o Almoço (2022), como parte da The Wrong Biennale. Em 2023, curou as exposições Sagrado Abjeto (Galeria Cândido Portinari, UERJ), bufê dinamite (Projeto Caroço, São Paulo), Cronicamente Online (25M Sala de Projetos, São Paulo) e Instabilidade Fundamental (OMA Galeria, São Paulo). Integrou ainda o júri dos 14o e 15o Salão dos Artistas Sem Galeria, organizado pelo Mapa das Artes na Zipper Galeria (São Paulo). Advogada, é sócia do escritório Nakagawa Baptista & Baptista Advogados, e é formada pela Université Lumière Lyon 2 (2018) e pela Universidade de São Paulo (2018), onde também é mestre em Sociologia do Direito (2023).


Aun Helden é uma artista transdisciplinar brasileira que, utilizando de diferentes linguagens como a performance, a dança, o cinema e a fotografia, desenvolve percepções sobre novos imaginários de um corpo, criando linguagens que escapam à expetativa humana, tudo em consonância com a sua pesquisa semiótica e epistemológica sobre identidades. O seu trabalho é feito através de pinceladas sintéticas, movendo a estrutura de um corpo como se este fosse uma escultura prestes a falhar. Criando uma simbiose entre estruturas não-humanas e o processo identitário de um corpo, a artista cria óperas visuais de narrativas que parecem ficções, mas que na verdade são fricções entre o corpo-sonho criado por Aun e o mundo e a realidade que o rodeia. Seu trabalho já foi performado e exibido em festivais como Berlin Atonal (Alemanha), WHITEHOUSE (Japão), One Gee in Fog (Suiça), Saigon Gallery (Grécia) e Opyum Contemporary Festival (França).


Sansa Rope (1993, São Paulo) é artista, performer e educadora. Pesquisadora de shibari desde 2016, a artista compreende que é possível explorar as amarrações em fronteiras que transbordem o físico em travessias que mergulham as corporalidades em reflexões políticas, geracionais, estéticas e performáticas. Como performer, participou da 16a edição da Verbo - Mostra de Performance Arte na galeria Vermelho (São Paulo, SP, 2022), da exposição Sagrado Abjeto na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ, 2023), bem como do 33o Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo – CCSP com o trabalho Há Quedas Por Vir, co-criado com Erica Storer (indicada ao Prêmio PIPA 2023), além de outros trabalhos. Ainda, participou como performer no clipe da faixa AMEIANOITE (Pabllo Vittar e Gloria Groove, prod. Nidia Aranha, 2022).


Nuno Q. Ramalho (Rio de Janeiro RJ, 1995) é um artista visual, professor e curador. Sua pesquisa está interessada em explorar as relações entre imagens, Desejo, corpos e espaços dentro do contexto contemporâneo das tecnologias de informação. Seu trabalho acontece, principalmente através de desenhos, pinturas e murais, a exploração de materiais, técnicas e superfícies é feita com o intuito de ‘dar corpo‘ para imagens digitalmente apropriadas e manipuladas que coagulam desejos, narrativas e ideologias. Suas obras nascem de uma pesquisa arqueologica de livre-associação, porém, interessada nas explorações limítrofes do corpo, do desejo e da sexualidade. Formado em comunicação social pela PUC-Rio, além de frequentador constante da EAV Parque Lage. Atualmente também dá aulas de pintura em seu curso ‘Problema da Pintura’ e faz parte do coletivo “Escola de Desenho Humaitá”. Participou de exposições coletivas como: Tubarões sabem da existência de camelos (2021), Decomposição e fetiche (2022), Apocalypse now: são tantos apocalipses (2022), Dentro de ti (2022), Sagrado Abjeto (2023) e Do Desenho (2024).

 

Teatro
Elizabeth Costello
Com Lavínia Pannunzio. Direção: Leonardo Ventura

Segundas-feiras, 1, 8, 15, 22 e 29 de julho, 19h
Auditório

No dia 22 de julho, após o espetáculo, a atriz Lavínia Pannunzio oferece a palestra: “Costello: J. M. Coetzee no teatro”


Solo a partir do livro com o mesmo título, de autoria do Prêmio Nobel J. M. Coetzee. Em “Elizabeth Costello” tem-se uma escritora que se encontra diante de um júri – a plateia, a comunidade literária, o moralismo ocidental, as instituições políticas que tendem a obliterar a vastidão de uma mulher –, empreendendo um misto de depoimento, análise, memorando e confissão. Da premissa, a atriz conduz os que estão ali presentes por labirínticas vias que dizem da comunhão entre os homens e da revelação de si.


Classificação indicativa: 16 anos

 

Teatro
40 anos do Grupo XPTO
Labirinto de amor e morte

Terça e quarta-feiras, 2 e 3 de julho, 19h
Espaço Tula Pilar


O enredo desta encenação nasce da relação complexa e apaixonada que existiu entre o poeta andaluz Federico García Lorca e o pintor catalão Salvador Dalí durante a época em que conviveram na Residência de Estudantes de Madri. A partir de textos poéticos de Lorca e Dalí, desenhos, canções e jogos cênicos, os performers envolverão o público num enredo sensual, instalando-o num jogo poético onde os temas do amor e da morte estarão sempre presentes.


Participarão desta performance:


Osvaldo Gabrieli - diretor artístico e artista plástico
Beto Firmino - diretor musical e músico
Tay Lopez - ator
Natalia Barros - poeta e cantora
Guilherme Calzavara – músico e ator.


A partir de 12 anos. Duração de 45 minutos .

 

Encontro
Música Caipira – Cultura, Resistência e Enraizamento
Com Ivan Vilela

Terça-feira, 2 de julho, 19h
Sala de apoio - térreo


A partir da contextualização histórica e cultural, e de farta audição musical, este curso busca entender a relevância e o lugar ocupados pela produção musical dos caipiras que, a despeito de ter sido o terceiro maior filão de vendas do mercado brasileiro, nunca foi entendida como parte da música popular brasileira. A cultura caipira nunca foi bem recebida como a cultura de formação do povo do Centro-Sudeste brasileiro, ficando sempre relegada às pessoas simples, iletradas e de baixa renda. Por isso, este curso busca contribuir para preencher esta lacuna.


Ivan Vilela transita com naturalidade entre os contextos erudito e popular, sendo tanto instrumentista e compositor de complexas obras, como um reconhecido pesquisador e professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Sua produção musical bebe de inúmeras fontes, indo de variados gêneros musicais das culturas populares – como o cururu - à música erudita, do Clube da Esquina aos Beatles, da canção popular à composição clássica. É responsável por uma vasta obra para a viola caipira, com mais de vinte álbuns lançados e indicações nos principais prêmios nacionais de música: Prêmio da Música Brasileira; IBAC; Prêmio Sharp; APCA e outros. Além de já ter feito importantes turnês nacionais e internacionais, Ivan foi criador, diretor e arranjador da Orquestra Filarmônica de Violas, foi diretor da Orquestra de Viola Caipira de São José dos Campos, foi idealizador do Núcleo de Cultura Caipira, consultor musical do Museu da Pessoa, é parecerista de várias revistas acadêmicas, professor da Faculdade de Música da USP e pesquisador no Projeto AtlaS – Atlântico Sensível, da Universidade de Aveiro, Portugal.

 


Invenção de Orfeu: leitura guiada online
com Fábio de Souza Andrade

Quintas, 20 e 27 de junho e 04 e 11 de julho, das 19h às 21h
Online


Inscrições pelo link: https://forms.gle/qshSLHKBc3s5zvHb6


No âmbito da celebração dos 100 anos do Manifesto Surrealista, a Biblioteca Mário de Andrade oferece ao público oportunidade única de se aprofundar num dos poemas máximos da literatura nacional: Invenção de Orfeu, de Jorge de Lima.

Sinose:
Poema longo e genial, a Invenção de Orfeu (1952) não é apenas o testamento e súmula do variado percurso poético de Jorge de Lima (1893-1953), espaço de convivência de seu modernismo visualista com o ritmo pulsante de seus Poemas Negros, da poesia mística de Mira-Celi com o hermetismo de sua fase final, do Livro de Sonetos. Campo de experimentação de formas e materiais poéticos, “biografia-épica” ou “épico-lírico” em dez cantos, este poema sobre a criação contemporânea e seus percalços, valendo-se de uma construção imagética ousada e inovadora, pede para ser lido como um convite a pensar questões tão essenciais quanto a relação entre mito, tradição épica clássica e poesia moderna, as possibilidades do forma poética de amplo fôlego, com seus milhares de versos, nos dias de hoje, além de ser uma recapitulação condensada da história da expressão poética brasileira.


Nesta série de quatro encontros, mais que um mapa simplificado dos labirintos do poema, percorrendo seus dez cantos em leitura selecionada, vamos em busca do lugar especial ocupado pela Invenção de Orfeu no caminho criativo de Jorge de Lima do parnasianismo inicial até a dicção órfica final, contextualizando seu diálogo direto com as artes visuais e com correntes poéticas da tradição (a épica ocidental clássica, o simbolismo maldito francês, o romantismo brasileiro). Além de discutir como esta conjunção improvável de matrizes estéticas tão diversas (o projeto modernista, um surrealismo em versão local, a impregnação de um catolicismo órfico) faz do livro uma obra única em desafios e realizações, vamos investigar as afinidades de Jorge de Lima com outras vertentes da poesia brasileira em que a imagem complexa alcançou idêntica primazia, notadamente com Murilo Mendes; finalmente, vamos nos debruçar sobre a questão da unidade possível neste poema épico singular, essencial e incontornável, poema de poetas, feito de uma profusão notável de temas, formas e motivos.


Fábio de Souza Andrade é ensaísta, tradutor e crítico literário, pesquisando e orientando trabalhos nas áreas do modernismo brasileiro e europeu. Assinou a coluna Rodapé, na Folha de S. Paulo, entre 2005 e 2009. Professor Associado de Teoria Literária e Literatura Comparada na USP, é autor dos livros Samuel Beckett: o silêncio possível (Ateliê, 2001) e O engenheiro noturno: a lírica final de Jorge de Lima (Edusp, 1997), entre outros. Foi professor na Unesp e na Unicamp e professor convidado na Universidade de Paris 8 e na Freie Universität Berlin. Organizou antologias críticas da obra de Jorge de Lima (Antologia Poética Jorge de Lima, Cosac Naify, 2014 e Poemas Negros - edição ampliada, Alfaguara, 2016), bem como edições, posfácios e aparatos críticos a seu poema maior, a Invenção de Orfeu (Cosac Naify, 2013, e Alfaguara, 2017). Lidera o GP Estudos sobre Samuel Beckett (USP). Do autor irlandês, traduziu Esperando Godot (Companhia das Letras), Fim de Partida, Dias Felizes e Murphy (Cosac Naify) e Disjecta: escritos diversos e um fragmento dramático (Globo), além dos romances Murphy e Watt (Companhia das Letras).

 


TEMA - TURMAS DE ESCRITA DA MÁRIO - 2024

Com o objetivo de fomentar a reflexão e a prática da escrita criativa, inicialmente em quatro linguagens - poesia, HQ, prosa e escrita para as infâncias - a Biblioteca Mário de Andrade, da Secretaria de Cultura do Município de São Paulo, lança o projeto TEMA - Turmas de Escrita da Mário. As turmas de escrita serão divididas conforme as linguagens trabalhadas e as aulas, algumas presenciais e outras online, serão ministradas durante todo o ano de 2024, sempre às quintas feiras pela tarde. Cada linguagem terá dois mediadores - com exceção do Tema Prosa, que terá três. Os mediadores serão escritores e escritoras com carreira artística sólida, que representam referências em suas áreas de atuação. A matrícula é gratuita e por ordem de inscrição. As inscrições serão feitas exclusivamente online.

Programação:

TEMA 2 - ESCREVER HQ - quintas, das 15 às 17h
Inscrições de 27 a 31 de maio - https://forms.gle/J5HKjUvk5qv2eoQu8
Medição de Rafael Calça (presencial) - 4, 11, 18 e 25 de julho

 

Teatro especial - 100 anos da morte de Kafka
Carta ao pai
Adaptação e atuação de Dionísio Neto

Sexta-feira, 5 de julho, 19h
Auditório

O célebre livro do autor Franz Kafka em suas cenas mais emblemáticas, adaptado pelo ator e diretor Dionísio Neto. Em um sanatório, internado com tuberculose, o oprimido e doente autor judeu Franz Kafka escreve uma carta para seu pai, o opressor comerciante Hermann Kafka, em que fala do seu temor da figura paterna.


Duração: 60 min.


Palestra pós-espetáculo com Dionisio Neto, Ivan Feijó e Jorge de Almeida.


Classificação indicativa: 14 anos.

 

Exposição
Nosotros hablamos la misma lengua
de Ana Teixeira

de 6 de julho a 8 de setembro
Espaço Tula Pilar Ferreira


Com a instalação "Nosotros hablamos la misma lengua", Ana Teixeira traz para a Biblioteca Mário de Andrade uma obra sonora e visual, com a qual os visitantes poderão interagir. Para criar esta obra a artista selecionou do dicionário espanhol-português todas as palavras com igual grafia e significado em ambos os idiomas. São 2613 palavras que revestem um cubo em cujo tampo está um livro de páginas tripartidas que podem ser manipuladas, contendo 99 das palavras, separadas em substantivos, verbos e advérbios. Cada parte pode ser folheada individualmente, possibilitando a formação de frases em centenas de combinações diferentes. Instalado no centro da sala, o cubo pode ser pensado como um pequeno monumento a celebrar os idiomas português e espanhol em suas imbricações semânticas, resquícios da origem única das duas línguas. Nas paredes serão adesivadas algumas das dezenas de frases possíveis de serem formadas com as palavras que estão no Cubo-Livro. Um áudio instalado na sala reproduz todas as palavras pronunciadas, simultaneamente, em espanhol e português. A sonoridade destas duas línguas sobrepostas preencherá o espaço, denunciando o que as outras partes da obra não esclarecem totalmente: que são dois os idiomas.

Ana Teixeira tem como foco de seu trabalho as interações humanas e as maneiras que escolhemos para nos relacionar, contar nossas histórias e nos comunicarmos. Há vinte e cinco anos Ana desenvolve ações e intervenções tanto em espaços públicos quando em espaços institucionais. TROCO SONHOS, sua primeira ação urbana, é realizada pela primeira vez em 1998 no Viaduto do Chá no centro de São Paulo. O trabalho acontece na rua quando a artista monta uma mesa com a oferta: “TROCO SONHOS”. Em troca, oferece à pessoa que lhe deu lhe conta seu sonho, um outro - nesse caso, o bolinho frito e doce muito conhecido no Brasil. O trabalho de Teixeira ocorre nessa troca direta com o espectador em um ambiente fora dos costumeiramente direcionados à arte e para um público não-especializado. Esse trabalho de escuta é recorrente em outros projetos como em ESCUTO HISTÓRIAS DE AMOR (2005-2013), que foi realizado em nove países e apresentado como uma instalação sonora e visual em Toronto, no Canadá em 2008. A palavra é outro componente importante da obra de Ana Teixeira. O jogo de significados e de aproximações entre termos compõem o sentido poético e filosófico das ações. Em NÓS EM MIM (2012-2019), a artista estampa advérbios em boias de piscina que podem ser conectadas por uma corda e formar frases como "AGORA NUNCA MAIS", "SEMPRE NÃO" ou "NÃO MAIS, MAS AINDA". São centenas de milhares de possibilidades. Já o trabalho CALA A BOCA JÁ MORREU (2019-2021), nasce a partir de uma pergunta proposta a mulheres nas ruas de São Paulo: “O que você não quer mais calar?”. Ao conversar com as participantes, a artista as ajuda a chegar a uma frase que sintetize o que ela não deseja mais ser silenciado. Ana, então, escreve a frase em um cartaz e a participante é fotografada com ele. Essas fotos são referências para desenhos que a artista reproduz em grande formato nas paredes do Centro Universitário Maria Antonia, em 2019, na exposição individual comemorativa aos seus 20 anos de produção. E ainda, no mesmo ano, no Museu Arte Brasileira da FAAP, durante a exposição do Prêmio Marco Antonio Vilaça. Em 2021, na fachada e nos jardins da Biblioteca Mário de Andrade em São Paulo, o trabalho foi configurado como uma instalação sonora com as frases recolhidas nas conversas e gravadas por 101 mulheres cisgêneros, transexuais e travestis. A biblioteca, geralmente um local de recolhimento e silêncio, foi transformada em megafone ressonante para dar voz a esses grupos historicamente silenciados pela violência física e simbólica de uma sociedade patriarcal. Ana Teixeira desenvolve um trabalho que se utiliza de diferentes suportes e manifesta particular interesse pelo desenho e a palavra. O seu principal foco é a arte participativa, herdeira que é do pensamento de importantes artistas do século 20, como Hélio Oiticica, Lygia Pape e Lygia Clark. A artista publicou os livros: Para que algo aconteça (2018), uma compilação de vinte anos de seu trabalho, com textos críticos de curadores e historiadores da arte; Minhas duas avós (infantil – 2017); Cala a boca já morreu! Leitura e coleta de Textos. Silenciamento feminino no acervo da Biblioteca Mário de Andrade (2021). Participou de programas de residência artística no Brasil, Alemanha, Chile, Dinamarca e Canadá, e de exposições em diferentes partes do mundo.

 

Clube de Prosa
com Heitor Bottan

Quarta-feira, 10 de julho, 19h
Sala de apoio - térreo

Inscrições: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfIOMFUPC0z8mr45ruWuuhW7RL3Vnsugys_68AZcsMVWx3kwQ/viewform


Livro: Água doce, de Akwaeke Emezi

 

 

BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE
PROGRAMAÇÃO CULTURAL ESPECIAL DE FÉRIAS
PARCERIA SME

 

 

Teatro infantojuvenil
Ladeira das crianças - TeatroFunk
com Grupo Rosas Periféricas

quarta-feira, 17 de julho, 14h
Auditório (120 lugares)


No bonde da ladeira tem criança que sonha em ser DJ, menino curioso para saber o que há dentro do pote, menina de cabelo de nuvem; tem criança igual a todo mundo que foi criança um dia e morou na periferia. As histórias de crianças periféricas ganham a cena e revelam seus desejos e sonhos, embalados pelo ritmo do funk e com o grupo Rosas Periféricas.

Classificação indicativa: a partir de 3 anos

 

 

Oficina
Mário em mosaico
com Alexandra Rocha e Luciana Wu

Quinta-feira, 11 de julho, 14h
Sexta-feira, 12 de julho, 14h
Segunda-feira, 15 de julho, 14h
Sala infantil
(30 vagas por oficina)

Os encontros terão como objeto a vida e a obra de Mário de Andrade. O objetivo é sensibilizar as crianças para a arte da poesia e contextualizar a vida e obra do patrono da biblioteca, a partir de imagens inspiradas em trechos de Lira Paulistana (1945).? Além disso, buscar-se-á relacionar a multifacetada obra do escritor com a técnica do mosaico, contextualizando brevemente a história dessa arte, além de abordar de modo leve e didático a história do próprio local da oficina, ou seja, a Biblioteca Mário de Andrade; além de inspirar a curiosidade e apreço das crianças pela arte da literatura em geral e da poesia em particular.? Metodologia de trabalho: de modo sempre dialogado, as oficinas infantis serão estruturadas em momento de acolhimento, sensibilização para a arte da poesia a partir de trechos poéticos de Mário de Andrade, apresentação da arte de mosaico, demonstração prática da linguagem, finalização com troca de sensações e impressões entre os participantes.

Alexandra Rocha é uma profissional com vasta experiência no setor cultural e educacional. Possui Bacharelado em Artes Plásticas com habilitação em Gravura pela ECA/USP, concluído em 1998, e está cursando uma especialização em Docência na Educação Superior pelo Instituto Federal de São Paulo desde fevereiro de 2024. Além disso, concluiu uma especialização em Monitoria em Exposições de Arte pelo Museu de Arte Contemporânea da USP. Alexandra possui fluência em espanhol e inglês, além de conhecimentos intermediários em francês e Libras. Ela atua como Coordenadora do Núcleo de Ação Educativa da Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo desde 2017, sendo atualmente supervisora do educativo dos três museus. Sua trajetória inclui trabalhos no Instituto Itaú Cultural, SESC Santo André, e diversos museus como o Museu da Casa Brasileira e o MASP. Suas funções abrangeram desde a educação artística até a montagem de exposições, destacando sua habilidade em integrar e coordenar projetos culturais.

Luciana Wu é criadora de conteúdo educacional, destacando-se pela produção de materiais educativos criativos para crianças desde 2020, por meio das páginas de Instagram e YouTube @bacurieduchinha. Graduanda em Letras pela Universidade de São Paulo, possui especialização como Guia Regional e de América do Sul pelo Senac. Sua experiência profissional inclui atuação como professora de espanhol no SENAC e diversos projetos em instituições culturais, como o Instituto Itaú Cultural e a Casa Mário de Andrade. Luciana também trabalhou como guia de turismo em várias agências e ocupou cargos de supervisão e assistência cultural em importantes museus e centros culturais de São Paulo. Ela domina os idiomas espanhol e inglês, além de ter conhecimentos intermediários de francês e Libras.

Classificação indicativa: a partir de 7 anos

 

 


Contação de histórias
Helena Black no caminho da grande árvore
Com Helena Black (Paulo Reis)

Terça, 16 de julho às 14h - e 19 de julho, sexta-feira, às 10h30
Jardim Contemplativo (40 lugares)

Em 2023, Helena Black, a drag queen contadora de histórias, completou 13 anos de vida, e, dentre seus sonhos, ouvir e contar histórias tem sido um caminho de diversos encontros e afetos. Desta vez, seu encontro deu-se com uma obra da autora Janaína Leslão, o conto de fadas “A Grande Árvore”. Ao ler o livro, o artista Paulo Reis, criador de Helena Black, conectou-se à narrativa e lembrou de seu processo de adoção na infância. Aos 6 anos de idade, a criança Paulo vê seu pai se encantar: o senhor Francisco fez a travessia e foi visitar novos reinos. Com essa nova realidade, a família precisou se adaptar. Foi um filho para cada lar, Paulo ficou com sua madrinha. Lá, não se adaptou. Para surpresa de Paulo, a companheira do primo de seu pai diz: "Do pequeno Rei Paulo eu vou cuidar! Venha para minha casa, pois sua nova mãe vou me tornar."

Classificação indicativa: a partir de 3 anos

 

 

Cinema
Yakari, o filme: A grande aventura
de Xavier Giacomettie e Toby Genkel

França, 2019, 1h22, Animação, Aventura
Quinta-feira, 18 de julho, 13h30
Auditório (120 lugares)

Enquanto a migração de sua tribo é iminente, Yakari, o pequeno Sioux, parte em direção ao desconhecido para seguir os rastros de Pequeno Trovão, um mustang famoso por ser indomável. No caminho, Yakari terá um encontro mágico com Grande Águia, seu animal totem, de quem receberá uma linda pena... e um dom incrível: a capacidade de falar com os animais. Sozinho pela primeira vez, sua busca o levará através das planícies, até o território dos terríveis caçadores com peles de puma... Mas como encontrar o caminho de volta para o tipi?

Classificação Indicativa: Livre


Visita mediada com a equipe de atendimento da BMA
Quarta-feira, 10 de julho, 10h
Quinta-feira, 11 de julho, 10h
Sexta-feira, 12 de julho, 10h
Terça-feira, 16 de julho, 10h
Quarta-feira, 17 de julho, 10h
Quinta-feira, 18 de julho, 10h
Sexta-feira, 19 de julho, 10h
(40 vagas por visita)

As crianças conhecerão os espaços da biblioteca, a importância desse prédio, guardião de livros, incentivando que elas se interessem cada vez mais pelo mundo da leitura.

Classificação Indicativa: Livre

 

Sons e Letras: Tássia Reis
Mediação de Fabiana Ferraz

Quarta-feira, 10 de julho, 19h
Auditório


A Biblioteca Mário de Andrade traz Tássia Reis para falar do ideário por trás das letras de seu álbum "Próspera D+", lançado em 2021.

Tássia Reis apresentou em 2021 em seu quarto registro de estúdio, Próspera D+’ – um formato deluxe que expande e dá sequência ao universo criado pela artista em 2019. Somando nas vozes, potências como Tulipa Ruiz, Urias, Preta Ary, Monna Brutal e Melvin Santhana. Nas produções musicais, outro time de peso formado por EVEHIVE, Th4i, Theo Zagrae, Jules Hiero, Eduardo Brechó, Jhow Produz e Nelson D. Com 11 canções, o quentíssimo e brilhante ‘Próspera D+’ marca o mergulho que a artista faz na cena pop e vem com uma energia dedicada, de renovação, funcionando como trilha sonora de um levante que pode ser emocional ou até mesmo financeiro. O recado é sobre se reerguer e se manter forte. “Eu me vi triste, cansada e sem esperança. Precisava dessa injeção de vida. Acredito que a música tem o poder de nos energizar e esse disco teve esse papel pra mim. Estou acreditando mais que podemos sair dessa e me apegando a essa busca por equilíbrio e prosperidade para continuar seguindo”. Entre as principais inspirações de Tássia Reis, ícones como Nina Simone, Michael Jackson, The internet, Ciara, Vanjess, Rihanna, Djavan, Stevie Wonder, Beyoncé e Pharrel. Ilustrando visualmente o mood desse projeto, a track ‘SHONDA D+’ ganhou videoclipe dirigido por Camila Tuon e Gabiru (CeGê). Disponível no YouTube, filme tem linguagem fashionista e é super conectado com uma narrativa girl boss.


Tássia Reis, nascida Tássia dos Reis Santos em Jacareí, São Paulo, em 16 de agosto de 1989, é uma destacada cantora e compositora brasileira. Iniciou sua carreira na música com o EP "Tássia Reis" em 2014 e lançou seu primeiro álbum, "Outra Esfera", em 2016, ganhando notoriedade com as músicas "No Seu Radinho" e "Se Avexe Não". Em 2019, lançou o aclamado álbum "Próspera", que recebeu elogios da crítica e foi considerado um dos melhores do ano pela APCA. Além de sua carreira solo, Tássia faz parte do coletivo feminino "Rimas & Melodias" e já colaborou com artistas como Rashid, AXL e Marcelo D2. Seus temas musicais frequentemente abordam a vida, autoconhecimento, amor e quebra de padrões.

 

Dança
Desnudar
com Cia. Artesãos do Corpo

Quinta e sexta-feiras, 11 e 12 de julho, às 18h
Sábado, 13 de julho, às 17h
Terraço


Um elogio à arte da contemplação.
Desnudar é um convite ao passeio do olhar pelos corpos dos bailarinos/performers, que se movendo lentamente vão revelando pequenas porções do corpo, nuances de cores da pele, num jogo lúdico de cobrir e mostrar, convidando o observador a buscar em seu imaginário personagens e tipos que habitam ou habitaram o cotidiano das artes plásticas e que povoam o inconsciente de todos nós.


Direção: Mirtes Calheiros
Performers: Dawn Fleming, Ederson Lopes, Fany Froberville, Hiro Okita, Leandro Antonio e Mirtes Calheiros.
Sonoplastia: Marcelo Catelan


LIVRE

 

Exposição
Ódio, Mário, Ódio, de Venes Caitano
Curadoria de Gilberto Maringoni

12 de julho a 20 de setembro de 2024
Saguão e 1º andar - Hemeroteca


Exposição individual do cartunista Venes Caitano, com curadoria de Gilberto Maringoni. Os cartuns selecionados têm relação com o poema “Ode ao burguês”, de Mário de Andrade.


Venes Caitano é um experiente cartunista e ilustrador que colabora regularmente com grandes veículos de comunicação, como a Folha de São Paulo e a Carta Capital. Ao longo de sua carreira, teve suas obras selecionadas para diversos salões de humor, no Brasil e no exterior. Em 2012, iniciou sua graduação em Cinema de Animação na Universidade Federal de Minas Gerais, e desde então dedica-se ao humor gráfico, contribuindo com jornais, revistas e editoras de livros.

 

CHIII – Festival de Música Criativa
16 e 18 de julho

Programação a confirmar

 


#LEMINSKI80
Minicurso
LEMINSKI - Tudo que respira - conspira
Com Fábio Roberto Lucas

Quartas-feiras, 17, 24 e 31 de julho, das 19h às 21h
Online


Inscrições: https://forms.gle/P1JaKZppBALmXN4Y7


Em comemoração aos seus 80 anos, este minicurso visa investigar a obra de Leminski, especialmente aquela publicada nos livros de poesia ao longo da década de 1980, sublinhando o modo como ela atravessa esse período de crise ou de anúncio do fim das vanguardas, bem como o processo de redemocratização e as primeiras discussões sobre o impacto ambiental destruidor da modernização. Analisaremos alguns de seus poemas, observando as diferentes estratégias que ele adota para se situar dentro do legado modernista, sobretudo o da antropofagia oswaldiana. Também objetivamos elaborar sua relação de afinidades e tensões com os poetas concretos, bem como sua atração pela música popular; pensar os dilemas (cosmo)políticos, ecológicos e ontológicos em torno da circulação da informação, da produção de entropia, da sobrevivência da natureza, tendo sempre em vista o pensamento poético leminskiano, que vai se transformando ao longo do tempo e conforme se expõe em ensaios, textos de jornal etc.


Fábio Roberto Lucas é Professor de Literatura e Coordenador (2023-2025) do Programa de Pós-Graduação em Literatura e Crítica Literária da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Realizou pós-doutorado no Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp (2021-2022). Foi professor de Teoria Literária e Literatura Comparada da Universidade Federal de Minas Gerais (2021). Realizou pós-doutorado no programa de pós-graduação em letras da Universidade Federal do Paraná (2019-2021). Doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo (2018). Possui graduação em Filosofia pela mesma instituição (2010) e em Letras (Português / Inglês) pela Universidade São Judas Tadeu (2003). Fez doutorado sanduíche em 2017 pela Université Paris Ouest Nanterre (bolsa PDSE/Capes). É membro do Grupo de Pesquisa Categorias da Narrativa, inscrito no Diretório do Grupo de Pesquisas do Brasil/ CNPq, desde 2021. Participa da Equipe Valéry do ITEM/CNRS, desde 2023. Desenvolve pesquisas nas áreas de teoria literária e poesia moderna e contemporânea.


FOTOS: https://drive.google.com/drive/u/0/folders/1EWBGY4HfsdaoXuwxR3yN3ld8tjgwiPRf

 


FORMAÇÃO SPCINE CONVIDA
Formatação de argumento para documentários
com Sandra Corveloni, Daniela Thomas e Beto Amaral

Quinta-feira, 18 de julho, às 19h
Auditório


A Formação Spcine, programação mensal de encontros formativos abertos ao público da SPCine, convida Sandra Corveloni, Daniela Thomas e Beto Amaral para a aula "Formatação de argumento para documentários". A atividade irá abordar a inspiração para criação de um doc político social, a pesquisa, o aprofundamento de tema e personagens, referências estéticas e teóricas e a formatação de argumento de documentário sócio-político-ambiental. Produção dos textos para apresentação de projeto para editais e prospecção de parceiros. A entrada é livre, sem necessidade de inscrição.


A cineasta Daniela Thomas estreou em 1995 com "Terra Estrangeira" e dirigiu "Linha de Passe", ganhador da PALMA DE OURO em Cannes.


Sandra Corveloni é atriz premiada em Cannes por "Linha de Passe" e fundadora da Cia D'Alma.


Beto Amaral é diretor e produtor, conhecido pelo documentário "Para onde voam as feiticeiras" e pelo roteiro de "Vazante", dirigido por Daniela Thomas.

 

Especial férias
Pequenos leitores e seus cuidadores - atividades para adultos e crianças
Com Letícia Bassit e Amanda Grispino

Segunda, terça e quarta-feiras, 22, 23 e 24 de julho, das 15 às 16h30
Jardim contemplativo


20 vagas (20 adultos e 20 crianças)


Retirada de senha meia hora antes


para os cuidadores: Inventar-se como tática de sobrevivência: o corpo-buraco


Será uma conversa sobre parentalidade a partir de livros teóricos e poéticos junto à criação de textos escritos pelos participantes. A ideia do encontro é trocar experiências vividas sobre o que é ser mãe, o que é ser pai e o que é ser filho nesta sociedade e, através de exercícios práticos de escrita, produzir materiais poéticos. Refletir sobre a relação maternidade/ sexualidade a fim de discutir função materna/paterna - é possível ainda nomear assim? - e pensarmos um mundo mais justo entre homens e mulheres. O trabalho de teatro, performance e poesia da artista Letícia Bassit nos possibilita pensar no processo de criação artística a partir de uma experiência pessoal: jogar com os limites do real, da teatralidade, do performativo, da ficção, da ilusão, da verdade. Que corpo é esse? Que corpo é esse que inventa a própria existência? Como narrar a si mesma/o? Pensar a invenção de si como tática de sobrevivência. O que é um corpo-buraco e como construí-lo poeticamente?


para os pequenos leitores: Arte e natureza com as crianças: sessões sensoriais onde as crianças poderão explorar texturas e cores utilizando tintas naturais e elementos como folhas, flores e galhos. A proposta estimula a criatividade, a expressão artística e promove uma conexão profunda com a natureza através da arte.


Amanda Grispino atuou como Atelierista na CEl Baroneza de Limeira, uma das maiores escolas públicas em educação infantil do Brasil, a frente dos projetos de Arte e Cultura - com 800 crianças de faixa etária entre 2 a 6 anos de idade. Educadora Social, atuou no terceiro setor mobilizando familias e organizações na construção de comunidades educadoras, desenvolvendo e potencializando propostas coletivas e de inclusão. Formação em história da Arte, na Pinacoteca. Produtora de eventos culturais para crianças e famílias, contadora de histórias, apaixonada por cultura da infância e literatura infanto-juvenil.

Letícia Bassit é atriz-performer, escritora-dramaturga, diretora e arte-educadora. É mestranda em Artes Cênicas - ECA/USP. Possui formação pela Escola de Arte Dramática (EAD-ECA- USP) e também como diretora, na primeira turma da SP Escola de Teatro. É graduada em Comunicação Social - Rádio e TV - pela Fundação Cásper Líbero. É autora do livro "Mãe ou Eu também não gozei" com publicação em julho de 2019 na FLIP/FLIPEI. Paralelo à escrita do livro, também é de sua autoria a peça-performativa "Mãe ou Eu também não gozei".Trabalha em colaboração com diversos artistas e suas criações atravessam o teatro, a dança, a música, a performance e literatura. Orienta oficinas de escrita criativa, de forma presencial e on-line, investigando o ato de escrever através do corpo. Letícia também realiza uma série de ações artísticas performativas e político-sociais relacionadas ao feminismo e parentalidade através da plataforma Mátria. Amanda Grispino atuou como Atelierista na CEl Baroneza de Limeira, uma das maiores escolas públicas em educação infantil do Brasil, a frente dos projetos de Arte e Cultura - com 800 crianças de faixa etária entre 2 a 6 anos de idade. Educadora Social, atuou no terceiro setor mobilizando familias e organizações na construção de comunidades educadoras, desenvolvendo e potencializando propostas coletivas e de inclusão. Formação em história da Arte, na Pinacoteca. Produtora de eventos culturais para crianças e famílias, contadora de historias. apaixonada por cultura da infância e literatura infanto-juvenil.

 

#LEMINSKI80
Show
Leminskanções Piano e voz - Estrela Leminski e Téo Ruiz
Participações de Tulipa Ruiz e Bruna Lucchesi

Quarta-feira, 24 de julho, 19h
Auditório


Este espetáculo faz parte das comemorações dos 80 anos de Paulo Leminski, que seriam completados em 2024, bem como de 10 anos do Leminskanções. Estrela Leminski e Téo Ruiz trazem uma amostra de seu repertório, com parcerias e composições, em um formato único, piano e voz e participações das cantoras e compositoras Tulipa Ruiz e Bruna Luchesi.


A redescoberta da obra de Paulo Leminski é um movimento contínuo e crescente. A reedição de livros esgotados, as exposições sobre a vida e a obra, os shows e as gravações de canções que receberam novos arranjos e a constante citação de poemas nas redes sociais, reavivaram uma produção que é extremamente atual e dialoga profundamente com as novas gerções. Como compositor, Paulo Leminski escreveu mais de 100 canções e teve suas músicas gravadas por nomes como Caetano Veloso, Itamar Assumpção, Ney Matogrosso, Paulinho Boca de Cantor, entre outros, além de Moraes Moreira, um dos seus principais parceiros em vida. Além da trilha sonora do Pirlimpimpim 2, especial da Rede Globo nos anos 1980, que Leminski assina junto com Guilherme Arantes. Toda essa obra, além de diversas canções inéditas, música e letra do poeta, foi resgatada com o lançamento de "Leminskanções", projeto de sua filha, Estrela Leminski, em 2014. Naquele momento, o Brasil celebrava os 70 de Leminski. Em 2015, na sequência do lançamento, Estrela compilou as canções do pai em um songbook com partituras e cifras que podem ser baixadas de modo gratuito. Neste espetáculo, Estrela Leminski e Téo Ruiz trazem uma amostra deste repertório de Leminski, parcerias e composições, em um formato único, piano e voz.

Estrela Leminski é escritora, cantora e compositora brasileira. É formada em Música pela Faculdade de Artes do Paraná e especialista em Música Popular Brasileira e mestra em Música e em Musicologia em Valladolid (Espanha). Em 2014, lançou o projeto Leminskanções, que resgata o lado compositor do seu pai que, segundo ela, é mais lembrado pela poesia, em parceria com Téo Ruiz, com quem lançou três discos. Em 2017, lançaram o disco Tudo Que Não Quero Falar Sobre Amor, produzido por nomes como Guilherme Kastrup, Dante Ozzetti, Rodrigo Lemos, Marcelo Fruet, Fred Teixeira, John Ulhoa e Pupillo. É autora de 4 livros de poesia.


Téo Ruiz é músico, compositor e produtor atuante. É pós-graduado em Música Popular Brasileira pela Faculdade de Artes do Paraná. Em 2010 concluiu seu mestrado em etnomusicologia na Universidad de Valladolid, Espanha, sendo a indústria musical brasileira e a reconfiguração do setor o tema de sua dissertação.

Bruna Lucchesi é cantora, compositora e instrumentista. Seu trabalho é marcado pela intensidade das interpretações, criando uma experiência estética sensorial. Bruna é bacharel em Música Popular pela Unicamp (2009-2013) e mestre em “Contemporary Performance” pela Berklee College of Music (2014-2015). A artista curitibana, elogiada por seu timbre pouco usual e canto expressivo, lançou em 2023 o álbum "Quem faz amor faz barulho", que revela um mergulho da cantora e compositora na obra de Paulo Leminski. Não seus poemas, editados em livros esgotados e celebrados pelo público, mas suas composições musicais.


Especial: Tula Pilar Garota Ousada
Quinta-feira e sábado, 25 e 27 de julho
Dia da mulher negra latino-americana e caribenha

Homenagem à poeta Tula Pilar. Pilar nasceu em Leopoldina, Minas Gerais, mudou se para a periferia de Taboão da Serra e aqui se tornou uma das grandes poetas de São Paulo, ganhando espaço no meio literário por meio de uma escrita precisa sobre a liberdade de seu corpo enquanto mulher, abarcando o erotismo e posicionando-se na luta pelos seus direitos. Faleceu em 2019 aos 49 anos, deixando três filhos que seguem mantendo o seu legado. Atualmente um dos espaços da Biblioteca Mário de Andrade se chama "Espaço Tula Pilar Ferreira", sendo o único no edifício que recebe o nome de uma mulher e uma mulher preta.

 

Exposição Tula Pilar Garota Ousada
Quinta-feira, 25 de junho, abertura às 18h

 

Mesa: A Caneta é Seu Troféu
com Roberta Estrela D’alva, Maitê Freitas e Vera Eunice

Quinta-feira, 25 de junho, 19h
Espaço Tula Pilar


A mesa será feita para reafirmar a importância de Tula Pilar na literatura brasileira, com base nas suas obras "Palavras Inacadêmicas", "Sensualidade de Fino Trato" e "Pilar Futuro e Presente: Uma Antologia Para Tula”, livro esse organizado por Maitê Freitas, com a escrita de Roberta Estrela D’Alva e Vera Eunice.

 

Mesa: Um Cadim de Prosa com a Prole de Tula
com Dandara Pilar, Pedro Lucas Pilar e Samantha Pilar

Sábado, 27 de julho, 16h
Espaço Tula Pilar


Em uma mesa com Dandara Pilar, Pedro Lucas Pilar e Samantha Pilar, um cadim de prosa com a prole de Tula.


Com aqueles que permanecem lutando pela memória de Tula Pilar, seus filhos traçam as memórias de sua mãe, passando pela literatura até a vida dentro de casa, de uma mulher que afirmou ter tido uma vida parecida com a de Carolina Maria de Jesus. Glamourosa, empoderada, ousada e corajosa, um pouco mais sobre a escritora, que conquistou a cena literária escrevendo e recitando as suas poesias.


De maneira intimista a família Pilar descreve aquela que permanece na memória das pessoas, pelo seu trabalho e até mesmo pelo seu jeito de ser.

 

Performance
Candongueiros do Campo Limpo homenageiam Tula Pilar

Sábado, 27 de julho, 16h
Espaço Tula Pilar


Roda de Jongo com os Candongueiros do Campo Limpo em homenagem a Tula Pilar.

 

Terças na pauta
Música para tecer estórias
com Benjamin Taubkin e Chieko

Terça-feira, 30 de julho, 19h
Auditório

Benjamim Taubkin apresenta "Música Para Tecer Estórias" em uma fusão de suas composições originais e releituras de clássicos como "?Ternura” de KChimbinho e “Cochichando” de Jacob do Bandolim. O artista convidará a violoncelista e cantora Chieko, para uma participação especial.


Sobre Benjamin Taubkin: a música brasileira e seu diálogo com as outras culturas vêm sendo o campo de atividade deste pianista, arranjador, compositor e produtor. Iniciou o estudo do piano aos 18 anos e logo passou a se dedicar integralmente a esta atividade. Participa como músico e/ou produtor em mais de 150 discos e CDS. É responsável pelo projeto Núcleo Contemporâneo - gravadora, produtora e um centro cultural na cidade de São Paulo. Desde 1997 iniciou diferentes projetos musicais como a Orquestra Popular de Câmara; o conjunto de choro, Moderna Tradição; o trabalho com o grupo de música tradicional Clareira o quarteto de jazz Trio + 1; e o coletivo América Contemporânea, que reúne músicos e repertório de países da América do Sul. Vem colaborando com músicos de diversos países como: Marrocos, África do Sul, Índia, Israel, Espanha e Colômbia. Entre os projetos recentes estão Fronteiras Imaginarias com o saxofonista colombiano Antonio Arnedo, Sons de Sobrevivência com o duo Soukast, O Pequeno Milagre de Cada Dia, com Joao Taubkin e o musico Israelense Itamar Doari, Landscapes – música e poesias com Natalia Barros e o filme O Piano Que Conversa- documentário que retrata 5 encontros musicais do pianista, no país, e também Bolívia e Coréia. E o também documentário Música na Serrinha com 12 músicos de todo o mundo, entre os quais Marcos Suzano, Jaques Morelenbaum e Mayra Andrade.

Chieko é violoncelista, compositora, vocalista e artista interdisciplinar de Amsterdã com raízes nipo-brasileiras. Iniciou sua carreira no gênero clássico, tocando com membros da Orquestra do Concertgebouw aos 15 anos. Foi-se aventurar no seu mestrado em Jazz, improvisação e música latino-americana. Desenvolveu então sua forma única de tocar violoncelo, mesclando a voz e improvisação, levondo-a tocar em concertos pela Europa, Ásia e recentemente ao festival Eurojazz no México. Apaixonada por projetos interdisciplinares, compôs músicas para diversos filmes e trabalha extensivamente com dança, poesia e artes visuais, criando também novos trabalhos originais.