O Feminino na Dança chega a sua 17ª edição

Corpos femininos encarnam movimentos soltos e díspares para expor investigações e pensamentos de mulheres que integram o universo da dança contemporânea. Esse conceito pontua a 17ª edição de O Feminino na Dança, mostra que o Centro Cultural São Paulo apresenta a partir do dia 20. A programação conta com cinco coreografias criadas e interpretadas por mulheres, divididas em três programas; uma exposição fotográfica que refaz a trajetória de nomes que integraram a mostra no passado; e um ciclo de conversas com a crítica Helena Katz.

No primeiro programa, a novata Érica Tessarolo leva ao palco Quimera, um trabalho que assume o corpo como terreno para a investigação do mito. "Trata-se de uma coreografia em que apresento um indivíduo em relação profunda com sua própria imaginação, ora em diálogo, ora completamente embevecido por suas características", explica. Em Pés descalços caminham calados, a também iniciante Candice Didonet investiga as alterações dinâmicas dos movimentos por meio da relação dos pés com os sapatos de salto-alto. A coreografia foi pré-selecionada para a 4ª edição mundial de Danza de Solos e Duetos, da Venezuela.

Compõem o segundo programa a reapresentação de Pés descalços... seguida do espetáculo Graceful Degradation, de Raquel Pires. Encerrando a mostra, as intérpretes Adriana Coldebella, Beatriz Sano e Larissa Ballarotti interpretam Irregularidades coerentes, trabalho inspirado na fluência de relações criadas e estabelecidas no decorrer do tempo. Na seqüência, será mostrada uma nova concepção do espetáculo OU, da veterana Lívia Seixas. "O trabalho originalmente possui sete cenas. No Feminino na Dança sortearemos três delas antes de cada apresentação. Dessa forma, a cada dia teremos uma ordem diferente de realização", conta Lívia.

Programação

1º PROGRAMA

Quimera
Criação e interpretação: Érica Tessarolo. Orientação artística: Marisa Lambert. Criação e produção musical: Daniel Dias. Concepção de luz e figurino: Érica Tessarolo e Marisa Lambert.
O solo traz para o corpo aspectos do mito.

Pés descalços caminham calados
Coreografia e interpretação: Candice Didonet. Composição da trilha sonora: Joana Flor. Concepção de luz: Roberta Casa Nova. Iluminação e fotos: Priscila da Silva.
A coreografia aborda como a mobilidade do corpo é afetada pela instabilidade presente nas relações em nossos contextos socioculturais.
| 30 min. De 20 a 24. 4ª a sáb., 21h. Dom., 20h

2º PROGRAMA

Graceful Degradation
Concepção, coreografia e interpretação: Raquel Pires. Assistência coreográfica: Jodi Melnik. Projeto de iluminação: Leonardo Pavanello. Trilha sonora original: Marcelo Kraiser. Figurino: Silma Dornas.

Pés descalços caminham calados
Veja sinopse anterior.
| 32 min. De 27/2 a 2/3. 4ª a sáb., 21h. Dom., 20h

3º PROGRAMA

Irregularidades coerentes
Concepção e interpretação: Adriana Coldebella, Beatriz Sano e Larissa Ballarotti. Orientação: André Ricardo. Colaboração: Angela Nolf. Apoio técnico: Isabella Franceschi. Iluminação: Yasmin Melegaro. Trilha original: Bernardo Penha e Thiago Liguori. Fotografia: Henrique Cartaxo e Paula Ramos.
O trio aborda a fluência entrecortada do movimento.

OU
Concepção e dir.: Lívia Seixas. Intérpretes-criadoras: Ana Dupas, Bia Coelho, Cléia Plácido, Grasiele Sousa, Mariana Camargo e Simone Mello. Orientação da pesquisa: Valéria Cano Bravi. Trilha sonora: Cláudio Faria. Criação de luz: Marisa Bentivegna. Figurino: Grasiele Sousa. Produção: Beneditas Cia. de Dança. Serão interpretadas três das sete cenas que compõem o espetáculo original OU. Elas serão sorteadas pelo público no início de cada apresentação.
As “peças-Lego” sinalizam o que propõe em um
contexto de mobilidade, imprevisibilidade, acaso,
adaptação, ordenação, seleção e fragmentação,
que desafiam a corporalidade das intérpretes.
| 35 min. De 5 a 16/3. 4ª a sáb., 21h. Dom., 20h

Serviço: Centro Cultural São Paulo - Sala Paulo Emílio Salles Gomes. Centro. De 20/2 a 16/3. 12 anos. Grátis.