Rappin´ Hood, Arlindo Cruz e Naná Vasconcelos tocam na Quebrada Cultural

Os bairros M’Boi Mirim e Brasilândia são palco de rap, samba e música erudita, dia 9, a partir das 15h, no projeto Quebrada Cultural

Com o objetivo de oferecer música gratuita às periferias da cidade, o programa traz os cantores Rappin Hood, Arlindo Cruz e Naná Vasconcelos em sua segunda edição do ano.

No Jardim Nakamura, a principal atração do evento é o paulista Rappin Hood, um dos mais importantes nomes do rap nacional da atualidade. Aliando o samba ao hip hop, suas músicas abordam temas de forte crítica social, como racismo e pobreza. Acompanhado por DJ Primo, ex DJ de Marcelo D2, o rapper traz para o repertório um pouco de cada um de seus dois discos solos, Sujeito Homem e Sujeito Homem 2, como os clássicos Rap Du Bom parte II e Sou Negão.

Ainda no local, os grupos Aruaça, Cientistas Mcs, Voz de periferia, Vini Reggae, Poesia Samba Soul e Sombrinha fazem shows passando pelos vários estilos musicais.

Eleito oito vezes melhor percussionista do mundo pela revista norte-americana Down Beat, Naná Vasconcelos canta, a partir das 20h, ao lado do alemão Ernst Reijseger no bairro da Brasilandia.

Grande conhecedor de violoncelo, Reijseger participou de turnê pela América Latina, em 2006, ao lado de dois reconhecidos músicos senegaleses. O trio proporcionou o encontro entre a música brasileira, européia e africana, sempre lembrando a obra de Villa Lobos, marcada pela inserção de temas populares na música erudita. De volta ao país, Reijseger toca ao lado de Naná canções como Ricercare, Colla Parte e Strabismo di Venere, de seu repertório.

Da trajetória do pernambucano, são relembrados os sucessos Berimbau, Vamos pra selva e Ta na roda, além de O canto do cisne negro, de Villa Lobos. Conhecido pela vasta habilidade em todos os instrumentos de percussão e sua especialidade, o berimbau, Naná já cantou ao lado de grandes nomes do cenário musical como Marisa Monte, Caetano Veloso e Milton Nascimento, entre outros.
Atualmente, o músico trabalha com a Cia de dança Balé de Rua, de Uberlândia, e é responsável pela trilha sonora e orientação aos músicos. Além disso, desenvolve o projeto Polônia Carioca, nascido da apresentação no Rio de Janeiro, ao lado do pianista erudito Leszek Mozdzek. Em Setembro, ambos gravarão DVD na Polônia.

Na seqüência, Arlindo Cruz apresenta a verdadeira essência do samba. Ainda jovem, o carioca de Piedade abandonou a carreira militar para se dedicar a sua grande paixão: a música. Com a saída de Jorge Aragão do grupo Fundo de Quintal, o músico que já freqüentava as rodas de samba do Cacique de Ramos, foi convidado para fazer parte da banda que hoje se tornou recordista em premiação. Arlindo também dedicou parte de sua carreira ao lado de Sombrinha, gravando sucessos como Dá música, Ponto sem nó e Papo de homem e mulher. Seguindo carreira solo, no show ele executa canções do disco Pagode do Arlindo - Ao Vivo. Entre elas, Brasil moleque, Malandro sou eu e Mulata Beleza.

As bandas João Terra, Guerrilheiros e Bezerra Caxambu completam a programação do dia.

Serviço:
Jardim Nakamura - M Boi Mirim - Rua Inácio Parreira Neves na altura do nº 310, no Campo de Futebol. Aruaça, 15h. Cientistas Mcs, 16h. Voz da Periferia, 17h. Vini Reggae, 17h30. Poesia Samba Soul, 18h. Sombrinha, 19h, Rappin Hood, 20h. Grátis

Largo do Iracema - Brasilândia - Rua dos Morgados com a Rua Abílio Primo Nalim. João Terra, 17h. Guerrilheiros, 18h. Bezerra Caxambu, 19h. Naná Vasconcelos, 20h. Arlindo Cruz, 21h. Grátis