Adriana Moreira comanda roda de samba na Galeria Olido

Convidado a cair no samba, o público da Galeria Olido terá todas as terças-feiras do mês para participar do projeto Roda de Samba, comandado pela cantora paulistana Adriana Moreira

Os encontros acontecem na Vitrine da Dança, a partir das 19h.

Os versos tristes, as lamentações e o sofrimento que inspiraram Oscar da Penha, o Batatinha, a compor tradicionais sambas urbanos brasileiros foram também a base do primeiro disco de Adriana.

Ouvidas primeiramente nas vozes de Maria Bethânia, Caetano Veloso e Chico Buarque, as músicas do compositor baiano ganharam interpretação especial no CD Direito de sambar – Adriana Moreira canta Batatinha. Responsável pela idealização, pesquisa e coordenação do trabalho, Adriana garimpou 14 faixas que misturam sambas-canções e sambas de carnaval. “Depois de muito trabalho consegui selecionar sete regravações ainda pouco conhecidas do público e sete inéditas”, conta Adriana.

Após a participação em uma homenagem ao compositor, Adriana ganhou de presente da família dele o direito de trabalhar toda sua obra, entre fotos e canções antes guardadas em arquivos. “A primeira música que fez parte do CD foi Diplomacia, tema do filme Barravento, de Glauber Rocha”, conta. Já a faixa-título do álbum carrega um significado que tocou a cantora desde o princípio: foi com Direito de sambar que Batatinha ganhou seu primeiro prêmio, em um festival de samba realizado na Bahia na década de 1960. Até então, as letras tristes e melancólicas caracterizavam a obra do compositor. “Com esse prêmio, ele pôde mostrar que era também um grande compositor de sambas alegres”, defende.
Além das músicas presentes na gravação, Adriana canta composições de Eduardo Gudin (Ainda mais) e da parceria entre Paulo César Pinheiro e Baden Powell (Lapinha), entre outros músicos.
Para acompanhar a cantora, os músicos Raphael Moreira, Gersinho e Jorge Neguinho fazem a percussão, Milton Conceição toca cavaquinho e Júnior Pita, violão de 7 cordas. “Com o público envolvido na roda, a apresentação tem um tom menos intimista que o CD, dando a sensação de retribuição instantânea de ambos os lados”, diz Adriana.

Serviço: Galeria Olido – Vitrine da Dança. Centro. Dias 3, 10, 17 e 24. 3ª, 19h. Grátis