“Spirulina é o nome de uma palhaça e Spathódea é a flor de uma árvore conhecida como tulipeira - "explica Silvia Leblon, atriz que idealizou o espetáculo que entra em cartaz, dia 15, no Teatro Alfredo Mesquita. A montagem do grupo NaCompanhiaDosAnjos convida o público a compartilhar da visão do mundo peculiar de Spirulina, interpretada por Silvia.
Nem só de alegrias vive um palhaço. Ao revelar suas impressões à platéia, a intérprete trata, com a mesma leveza, de temas um tanto quanto díspares, como a frágil passagem vida-morte, os desejos e as separações. Durante a apresentação, são utilizadas máscaras que sugerem a incorporação de vários estados de espírito.
A estratégia de enxergar o mundo pelos olhos de uma palhaça, ou por meio da linguagem clown, vem da própria experiência da atriz, que há 18 anos convive com os professores do Lume Teatro (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp-SP). “Não fui eu quem escolheu o palhaço, acho que foi o palhaço que me escolheu, pois tudo o que fiz na minha vida foi a partir dessa vivência”, conta Silvia.
Com direção de Ricardo Puccetti, o espetáculo ganhou o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2007. O trabalho foi desenvolvido a partir do workshop O clown através de máscaras, ministrado pela canadense Sue Morrison, durante sua passagem pelo Lume em 1999. A professora tem, entre seus alunos, profissionais de grupos internacionais importantes como o Cirque du Soleil e o Blue Man Group.
A peça permanece em cartaz até dia 28 de setembro. Após as apresentações, Silvia conversa com o público sobre os métodos utilizados para a composição da montagem. Entre os dias 15 e 17 de agosto, a entrada é franca.
Serviço: Teatro Alfredo Mesquita. Zona Norte. De 15/8 a 28/9. 6ª e sáb., 21h. Dom., 19h. R$ 15. Dias 15, 16 e 17/8, grátis
Foto: Pedro Terra
Foto: Pedro Terra