A invasão de produções americanas em exibição na maioria dos cinemas do mundo, principalmente aquelas conhecidas como blockbusters (arrasa-quarteirões), traz como conseqüência direta a falta de oportunidade para que o espectador possa assistir a filmes que não se enquadram nesse padrão. No Brasil, por exemplo, quando alguns desses títulos são distribuídos – muitos nem o são – permanecem, geralmente, poucas semanas em cartaz em um número reduzido de salas. Para que o público possa (re)ver alguns desses trabalhos, o Cine Olido apresenta, de 7 a 16, a mostra Mais Uma Chance. A programação reúne 13 longas-metragens, oito estrangeiros e cinco nacionais.
Entre os filmes selecionados está Fora do jogo (2006), de Jafar Panahi. Revelando o universo feminino na conservadora sociedade iraniana, o enredo trata do drama de uma garota que tem o sonho de ver, no estádio, o jogo entre Irã e Barein pelas eliminatórias da Copa do Mundo da Alemanha.
O conflito da personagem está na proibição da entrada de mulheres em campos de futebol. Assim, ela é obrigada a usar vários disfarces na tentativa de enganar os seguranças.
Exibido há pouco nos cinemas e presente na mostra, o longa nacional Bodas de papel (2008), de André Sturm, trata da história de amor vivida por um casal que se conhece em uma cidade do interior de São Paulo que seria submersa para a construção de uma hidrelétrica.
Ainda em cartaz na cidade, Nossa vida não cabe num Opala (2008), de Reinaldo Pinheiro, também pode ser visto na programação do Cine Olido.
Baseada em uma peça escrita pelo ator e dramaturgo Mário Bortolotto, a trama retrata os acontecimentos que sucedem à morte de um ladrão de automóveis que, em espírito, acompanha a vida de seus filhos e assiste ao desmoronamento da frágil estrutura familiar criada por ele. Entre os nove prêmios que a produção ganhou este ano estão os de Melhor Roteiro e Longa-Metragem no Festival Cine PE (Pernambuco).
A grande final
A grande final