1ª Feira Nacional da Reforma Agrária reúne em São Paulo mais de 800 camponeses de todos os estados brasileiros

O secretário Artur Henrique participou da cerimônia oficial de abertura da feira, realizada na última sexta, 23, e destacou as diversas ações que estão sendo realizadas pela atual gestão municipal para ampliar e garantir aos paulistanos acesso a alimentos mais saudáveis

Por: Viviane Claudino

A 1ª Feira Nacional da Reforma Agrária, realizada entre os dias 22 e 25 de outubro, no Parque da Água Branca, na zona oeste de São Paulo, reuniu mais de 800 produtores de todo o país, para venda direta ao consumidor. Entre as propostas do evento, organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), estava apresentar a importância de se discutir a construção de um novo modelo de desenvolvimento de agricultura, que preserve o meio ambiente e a alimentação saudável e contra a lógica do consumo abusivo de agrotóxicos.

Ao lado do ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, e do coordenador nacional do MST, João Pedro Stedile, o secretário municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, Artur Henrique, participou da cerimônia oficial de abertura da feira, realizada na última sexta, 23, e destacou as diversas ações que estão sendo realizadas pela atual gestão municipal para ampliar e garantir aos paulistanos acesso a produtos de qualidade, sem agrotóxico e com preços acessíveis.

"Acabamos de inaugurar, na zona leste, o box da agricultura familiar, que além de ser um endereço fixo para comercialização de produtos diretamente para a comunidade, também ajudará na distribuição de alimentos para a merenda escolar.Quase 25% da alimentação escolar é de produtos da agricultura familiar. Estamos avançando cada vez mais na implementação de uma política de Segurança Alimentar e Nutricional para o município", disse o secretário Artur Henrique, que representou o prefeito Fernando Haddad na ocasião.

Segundo Patrus Ananias, é necessário levar à mesa de todos os brasileiros alimentos sem agrotóxicos e ao mesmo tempo garantir uma vida digna para os camponeses e seus filhos. "Para isso, temos de expandir a possibilidade da agricultura familiar e o cooperativismo. Temos de repensar a nossa relação com a água e com a terra, porque é nela que os camponeses depositam as suas vidas e a de seus filhos. A terra não é um negócio, a terra é um bem de todos", disse o ministro ao afirmar que o governo federal quer assentar todas as famílias hoje acampadas (120 mil), até 2018.

Também participaram da cerimônia de abertura da Feira Nacional da Reforma Agrária os secretários municipais de Cultura, Nabil Bonduk, e Educação, Gabriel Chalita, representantes do governo estadual paulista, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab,) do Instituto Nacional de Colonização da Reforma Agrária (Incra), além de deputados federais e estaduais.

O evento contou com participações artísticas e musicais e se encerrou com a presença e poesia de Luiz Beltrame, camponês que, aos 107 anos, segue firme na luta pela reforma agrária.

Siga a SDTE nas redes sociais: