Seminário aponta alternativas para empresas promoverem a diversidade humana

Texto: Regina Ramalho

O primeiro Seminário “Diversidade e Deficiência no Mundo do Trabalho” promovido pela Semdet- Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho apontou alternativas para as empresas promoverem a diversidade humana dentro de seu quadro de funcionários. O evento foi prestigiado por cerca de 300 profissionais da área de recursos humanos interessados em conhecer, aplicar e trocar experiência sobre ações para promoção da diversidade em suas empresas.

Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, , o mundo caminha para valorização do ‘capital humano’. “A sociedade brasileira, como o restante do mundo, despertou para o assunto. O fato da Prefeitura de São Paulo ter três secretarias voltadas ao desenvolvimento de políticas públicas que criam instrumentos para melhoria e o enriquecimento da diversidade na sociedade, demonstra a importância do tema para o prefeito”, explica.

Para o coordenador do Trabalho, da Semdet e organizador do seminário, Fernando Cerqueira, o objetivo era sensibilizar e esclarecer as empresas, mostrando experiências positivas e alternativas para promoção e inclusão de pessoas com deficiência. “Um evento com 90% do público composto por empresários, não era nem imaginado há 15 anos, o que já demonstra um avanço para o setor”.

Valoriza a marca- Para o educador e palestrante, Reinaldo Bugarelli, “não adianta os empresários reclamarem da dificuldade de captar e manter profissionais com deficiência, é necessário utilizar toda a força da marca, para conquistá-los como qualquer outro profissional”, explica Bugarelli.

O compromisso com a diversidade humana foi o principal ponto apresentado pela palestrante e representante do departamento de Gestão da Diversidade da Natura, Maria Amélia Moraes Rodrigues. “A integração da pessoa com deficiência é apenas a ampliação da consciência dos integrantes da empresa”, afirma Maria Amélia.

Emancipação– A consultora da Presidência da República para direitos da pessoa com deficiência, Ana Rita de Paula, ressalta a importância da busca pela emancipação. “Não posso atribuir ao outro, qualquer coisa que esteja me acontecendo. A pessoa com deficiência tem que conquistar a emancipação, tomando o poder de decisão de tudo em sua vida”. Já a mestre em reabilitação profissional, Carmen Leite, lembra que para a sociedade “não interessam a deficiência e sim, a competência. Só assim, seremos uma sociedade preparada para o futuro“.

Para o superintendente Regional do Trabalho, José Roberto de Melo, os valores aplicados em inclusão são investimentos. “Investir na diversidade tem um custo, mas muitos ganhos”, completa Melo. O gerente de processos de capacitação da Avape- Associação para a Valorização de Pessoas com Deficiência, Celso Salicio, revela o perigo das barreiras invisíveis. “O mais difícil quando se fala em inclusão é a falta de conhecimento sobre os potenciais e as tecnologias usadas a favor”, explica Salicio.

O presidente do Instituto Aprender e Trabalhar, Enilson de Moraes, destacou a importância do evento. “A qualidade de conteúdo e dos palestrantes, fizeram uma grande diferença em relação a outros eventos que tenho participado nessa área da diversidade”. O grande número de participantes também foi comentado por Moraes: “Somente na minha instituição, sete pessoas ficaram de fora e mais um grupo do HSBC, de Curitiba, não participou, pois as inscrições já estavam encerradas”.