A 7ª edição do Contrata SP da Prefeitura de São Paulo, realizada em 18 de julho, na Universidade Mackenzie, na região central, contou com cerca de 1.300 participantes. A ação proporcionou aos visitantes mais de 6,5 mil encaminhamentos para entrevistas de emprego. Cada candidato passou por cinco empresas, em média, durante a realização do evento.

O Contrata SP, voltado para a empregabilidade de profissionais com deficiência e reabilitados do INSS, disponibilizou mais de 1.000 vagas de 50 empresas de diversos segmentos como Starbucks, Caoa, Latam, CIEE, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Viação Metrópole Paulista, Unisys, Paineiras Soluções Profissionais, Cervejarias Kaiser Brasil, Grupo Fleury, entre outras. Entre as oportunidades, para todos os níveis de escolaridade, incluindo ensino técnico e estágios, havia vagas para segmentos do comércio e de serviços com salários entre R$ 533 (para aprendizes em supermercados) a R$ 5.000, na área de enfermagem.

Para a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso, que visitou as instalações na ocasião, o Contrata SP está consolidado como uma política pública de empregabilidade para esse público. “O evento tem servido tanto para a aproximação de empresas e profissionais com deficiência, quanto para ampliar a consciência dos empregadores quanto à legislação de cotas. No evento, já se constata a abertura de oportunidades com maior qualificação, mostrando que a busca por profissionais com maior escolaridade e experiência já é uma realidade”, salienta.

O Contrata SP já passou pelas zonas oeste, leste, sul e centro recebendo mais de 3.600 inscritos, sendo que cerca de 600 já foram contratados. Segundo dados do Censo 2010 do IBGE, na cidade de São Paulo vivem quase 2,8 milhões de pessoas com deficiência. Dentre elas, 500 mil fazem parte da população economicamente ativa e apenas 42,8 mil estão empregadas com contrato formal.

Com o intuito de aumentar este número, foi sancionada em 1991 a Lei de Cotas (Lei Federal nº 8.213). A legislação exige que as empresas com mais de 100 funcionários destinem de 2% a 5% dos postos de trabalho para pessoas com deficiência, porém, esse percentual nem sempre é cumprido.

“Ainda temos muito a evoluir na prática para tornar essa política afirmativa ainda mais efetiva. Hoje, a legislação é cumprida por apenas 50% das empresas sujeitas a ela. Os motivos são, principalmente, o preconceito e a falta de informação, ainda latentes em empresários, executivos e, sobretudo, gestores de RH, que enxergam deficiência como incapacidade”, afirma Cid Torquato, Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência.

Foto por : Fábio Nunes 

A maior parte dos participantes desta edição do Contrata SP era da capital paulista, com presença predominante de moradores das zonas leste e sul. O evento, também contou com candidatos da região metropolitana. A pesquisa realizada junto aos visitantes também apontou que a maior parte dos participantes afirmou ter experiência profissional, sendo: 39,5% na área administrativa, 10,3% serviços gerais, 6,8% na área industrial, 3,4% saúde, 1,9% educação, 7,7% comércio, 1,3% jurídica, 0,3% já trabalhou na área governamental, 1,7% segurança, 2,7% tecnologia, 3,8% telecomunicações, 3,1% transporte, 11,6% tem experiência em outras áreas e apenas 5,9% estava em busca do primeiro emprego.

A apuração também demonstrou que 51% dos candidatos já nasceu com a deficiência (congênita) e 12% a adquiriu em acidente de trabalho ou por doença ocupacional. Ainda há outros 6% por acidente de trânsito e os demais apontamentos foram em decorrência de procedimentos cirúrgicos ou por violência.

 Por: Solange Borges
solpereira@prefeitura.sp.gov.br

 

 Siga a SMDET nas redes sociais