POT População de Rua conta com novos 20 beneficiários

Participantes passarão por qualificação profissional em oficinas de confecção de tapetes e customização de roupas

Nesta quinta-feira, 12 de março, a Prefeitura de São Paulo, por meio das secretarias municipais de Direitos Humanos e Cidadania e de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, em parceria com o Instituto Becei e a Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, promoveu a inserção de 20 beneficiários no Programa Operação Trabalho (POT) destinadas à população em situação de rua. Das vagas, 10 são exclusivas para pessoas trans. O evento foi realizado no Cisarte - Centro de Inclusão pela Arte, Cultura, Trabalho e Educação, na região central.

“Esse projeto tem grande potencial para geração de renda, pois lida diretamente com a economia criativa e circular, uma das vocações de São Paulo e tendência mundial. Com essa formação e o apoio das políticas públicas para acesso ao mercado de trabalho ou mesmo pelo empreendedorismo, os beneficiários encontrarão caminhos para a autonomia financeira”, salienta a secretária adjunta de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Ana Carolina Lafemina.

Em 2019, foram abertas 30 bolsas que resultaram em 30% dos beneficiários no mercado de trabalho. Os novos beneficiários passarão por qualificação profissional em oficinas de confecção de tapetes e a customização de roupas com os resíduos têxteis produzidos pela indústria do setor de vestuário.

Para a secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Claudia Carletto, a data de hoje é mais um passo importante na implementação de políticas públicas pensadas para atender a esta parcela da população. “Hoje estão sendo costuradas ações que vão oportunizar a mudança de vida dessas pessoas, esse é o tipo de gestão que tanto defendemos”.

“Esse projeto começou com uma pesquisa que constatou que 48 toneladas de roupas e resíduos têxteis são descartados por dia nos aterros sanitários. Poder dar destino a esses materiais aliado a formação da população de rua, em uma atividade rentável, é um desafio, mas estamos atingindo a terceira turma, que ainda conta com ações de arte-terapia, para melhorar a autoestima”, afirma a professora Francisca Mendes da EACH – Escola de Artes, Ciências e Humanidades - USP.

Os selecionados para o curso receberão uma bolsa auxílio no valor de R$ 731,46, por quatro horas de atividades diárias. Para participar os selecionados devem seguir os critérios já estabelecidos pelo POT como morar a pelo menos dois anos na capital, estar desempregado a mais de quatro meses, não receber seguro-desemprego ou outros benefícios sociais e ter renda familiar igual ou menor que meio salário mínimo.

Juliana Aparecida Gonçalves, 34 anos, que passa a integrar o POT Pop Rua ficou animada com a possibilidade de empreender na área de artesanato. “Achei importante recebermos orientação para viver do que iremos aprender aqui. É uma renda que pode me ajudar a restabelecer minha vida”, conta.

Participaram da cerimônia a vereadora Soninha Francine, a psicóloga do Laboratório SUSTEXMODA, Márcia Aguiar, e a coordenadora de Políticas para a População em Situação de Rua, Giulia Pereira Patitucci.

Por: Solange Borges
solpereira@prefeitura.sp.gov.br

 

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