Parque Augusta contará com zeladores do Programa Operação Trabalho

Beneficiários do POT Parques da Cidade receberão formação na área de arqueologia para ajudar nas atividades do local

A Prefeitura de São Paulo inseriu 16 novos beneficiários no Programa Operação Trabalho – POT Zeladores de Parques da Cidade nesta semana. O projeto, que já conta com cerca de 30 beneficiários, pretende fechar o ano com 300 pessoas em atuação nos parques da capital. Parceria entre as secretarias de Desenvolvimento Econômico e Trabalho e do Verde e Meio Ambiente, a iniciativa tem o objetivo de capacitar os participantes em educação ambiental, na manutenção de parques e jardins, aproveitamento de resíduos e na cultura de paz.
“A área ambiental é uma das vocações de São Paulo e a formação para o mercado de trabalho que os beneficiários do POT Parques passarão a receber possibilita a ampliação de oportunidades de trabalho e mesmo de empreender no setor quando deixarem o programa. Damos o suporte inicial a fim de que essas pessoas possam se reorganizar e ser reintegradas à sociedade”, declara a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.

As atividades práticas e teóricas serão realizadas no Parque Augusta e os 16 participantes terão atividades como jardinagem, limpeza, manutenção, além de auxiliar nas atividades de educação ambiental. Outra ação, específica deste parque, será voltada à prospecção arqueológica e educação patrimonial. A atividade foi também inserida na carga horária de aprendizagem, já que no local foi detectado resquícios de antigos povos indígenas. Para esse aprendizado haverá o apoio do Centro de Arqueologia de São Paulo, do Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria da Cultura.

A atuação desde grupo no Parque Augusta será de 20 horas semanais, quatro horas por dia, com orientação teórica e prática. Cada beneficiário pode ficar por até dois anos no programa e conta com uma bolsa auxílio de R$ 731,46.

“A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente participa com satisfação do Programa Operação Trabalho em parques municipais. É uma iniciativa importante que dá ao trabalhador desempregado a chance de capacitação e inserção no mercado de trabalho”, destaca o secretário do Verde e Meio Ambiente, Eduardo de Castro.

O Parque Augusta, localizado na região central, fica entre as ruas Augusta, Consolação, Caio Prado e Marquês de Paranaguá e tem uma área de 23 mil m². O local ainda está sendo preparado para a visitação do público, algumas das ações foram suspensas, em decorrência da pandemia do coronavírus.

 Novas perspectivas

Sérgio José Ferrari, de 57 anos, foi dependente químico por mais de três décadas e desde o ano passado decidiu lutar contra o vício e se internou em uma clínica de reabilitação. Novo integrante do POT Parques da Cidade, o beneficiário avalia como positiva a oportunidade. “Fomos até o Centro de Arqueologia de São Paulo para entendermos um pouco como funciona. Para mim o interessante é ter contato com uma coisa nova. Trabalhei na área da saúde por 25 anos, a área de arqueologia é algo inédito na minha vida”.

Ferrari já faz planos com as novas perspectivas. “Minha pretensão é ficar na Casa de Passagem até ter uma base boa para ir para uma moradia própria. Tenho muita gratidão pelas pessoas que estão me acolhendo e pela oportunidade que estão me dando na nova atividade.”, conclui.

A coordenadora da Casa de Passagem, Maraísa Rosa de Oliveira, revela que a moradia provisória tem a função de reinserção dos acolhidos na sociedade. “Para essa finalidade atuam também a Justiça Restaurativa da OAB, como nossa parceira, com círculos que trabalham com família, orientação profissional e na articulação da rede para serviços que possam viabilizar a reinserção”, explica.

A Justiça Restaurativa da OAB, que intermediou a entrada dos beneficiários no POT Parques, propõe uma nova concepção para auxiliar os públicos vulneráveis, levando a ações de convivência e de transformação de conflitos, ao contrário de atuar com meios punitivos.

O POT Parques da Cidade já atua nos parques do Carmo, Aricanduva, Benemérito Brás e Raposo Tavares. Com a pandemia pelo coronavírus e fechamento dos parques, os beneficiários foram afastados, mas sem prejuízo no recebimento da bolsa auxílio.

Programa Operação Trabalho

O Programa Operação Trabalho busca inserir a população em vulnerabilidade social, que esteja desempregada, residente no município de São Paulo e atenda a exigências como pertencer à família de baixa renda. A carga horária de atividades de cada projeto varia de 4 a 6 horas diárias de atividades teóricas e práticas, respectivamente, os beneficiários podem receber bolsas mensais de R$ 731,46 20 e R$ 1.097,25 30. Atualmente, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho administra 11 projetos com cerca de 1.500 pessoas.

  Por: Bianca Feldmann

 

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