Doações a projetos e entidades de segurança alimentar e nutricional são tema de encontro virtual

Nutricionistas de projetos municipais e estadual participaram da atividade com o objetivo de sensibilizar futuros doadores

 

Na última quinta-feira (27), às 19h,  o Conselho Regional de Nutrição – 3ª Região (CRN3) realizou o encontro virtual “Como transformar o cenário da fome com o poder da doação” com a participação das nutricionistas Karina Palma Reis, do Programa Banco de Alimentos (PMBA) da Prefeitura de São Paulo; Daniela Wenzel, da Secretaria Municipal de Saúde, e Camila Sarambelli, do Bom Prato de Perus. A mediação ficou com a conselheira do CRN3, Sueli Lisboa.

Durante o encontro, as convidadas falaram sobre ações colocadas em prática para agir diretamente no combate à fome. Em sua fala de abertura, a mediadora destacou que a proposta da live é incentivar mais pessoas a doarem aos projetos de entidades públicas e privadas que atuam para minimizar os impactos da fome e insegurança alimentar na população em geral. “A doação faz uma sociedade mais justa porque contribui para levar o pão para a mesa das pessoas, o que torna a convivência melhor para todos”, explica.

Daniela Wenzel falou sobre o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN, vinculado ao Ministério da Saúde. Por meio da elaboração de relatórios, o sistema oferece dados que monitoram o padrão alimentar das pessoas ao logo dos anos. “Este sistema demonstra que há uma mudança no estilo de vida e perfil alimentar em faixas etárias mais jovens. Problemas de saúde que eram encontrados em adultos, atualmente são identificados em crianças com mais frequência. Com isto, podemos tomar decisões e elaborar ações”, diz.

Nutricionista do PMBA da Prefeitura de São Paulo, Karina Palma falou historicamente sobre as ações de doação de alimentos, que surgiu no período pós-segunda guerra na Europa. A ideia naquele momento era atender as pessoas mais carentes após anos de conflitos. No Brasil, havia Josué de Castro, médico, pesquisador e ativista que promovia ações contra a fome, tendo chegado à presidência do Conselho Executivo da Food and Agriculture Organization – FAO da Organização das Nações Unidas em 1951.

Após contextualizar o tema, Karina falou sobre o PMBA, que atualmente distribui alimentos não perecíveis, frutas, legumes e verduras a 410 entidades credenciadas em todas as regiões da cidade. Durante a pandemia, de março de 2020 até agora, foram encaminhadas 3,3 mil toneladas de alimentos.

Camila Sarambelli explicou que a Associação Azarias é uma entidade que recebe insumos do Banco de Alimentos para atender famílias em situação de vulnerabilidade, da região de Perus, e também administra o Programa de Restaurante Popular Bom Prato do bairro. “Na associação, são atendidas 250 famílias por vez, em regime de rodízio, de um total de 7.000 cadastradas. A parceria com o PMBA é fundamental para isto ser possível”, explica a nutricionista. “Já o Bom Prato fornece uma alimentação de qualidade a pessoas vulneráveis a baixo custo. O principal é que se trata de uma refeição nutricionalmente completa”, ilustra. O restaurante funciona de segunda a sexta-feira e oferece 1.200 refeições no almoço e 300 jantares.

Para assistir ao encontro, acesse: https://bit.ly/livepoderdadoacao
 

Texto: Giovanna Longo

 

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