Prefeitura de São Paulo oferece formação na área de elétrica e orienta sobre consumo consciente

Setor tem alta demanda por profissionais e também atrai novos participantes interessados em reduzir os gastos com energia elétrica

Eficiência energética, economia de energia, consumo consciente. Em voga no momento, em decorrência dos altos valores da conta de luz, esses temas estão cada vez mais presentes nas aulas do curso de Elétrica de Baixa Tensão, da Fundação Paulistana, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo da Prefeitura de São Paulo. O curso já capacitou cerca de 250 alunos, atraindo quem deseja atuar no mercado de trabalho ou empreendendo, mas também quem está interessado em reduzir os gastos com o consumo de energia elétrica.

“O mercado de trabalho para o eletricista tem diversas áreas de atuação e alta empregabilidade. O curso profissionalizante é uma ótima opção para quem terminou o ensino médio e quer rapidamente trabalhar como contratado ou empreender”, afirma Aline Cardoso, secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo.

Segundo o professor do curso Cristiano Ferreira, 43, a área possibilita atuação em diversos ramos, além de despertar o aluno para questões sobre o consumo de energia. “Tem ocorrido uma preocupação maior com o consumo consciente e os alunos perguntam muito sobre os meios para economizar. Também há uma curiosidade sobre a capacidade de cabos, aplicação correta para que não dê problema em chuveiros, entre outros”, acrescenta.

Especialista no ramo, Ferreira aponta os vilões no consumo de energia nas casas como o chuveiro elétrico, secador de cabelo e geladeira e orienta como equilibrar o consumo. “É importante repensar os hábitos da família, orientar todos que convivem juntos para evitar utilização desnecessária ou por tempo prolongado de alguns eletrodomésticos”, explica.

Elétrica de Baixa Tensão

O curso tem a duração de 80 horas, com 4 horas diárias, de segunda a sexta. E aborda, além dos temas acima, assuntos como o uso correto de ferramentas, cálculo para instalações e noção de consumo de equipamentos e os aspectos da cadeira da eletricidade.

Ao ingressar, os alunos recebem um kit de ferramentas, com alicate universal, alicate de corte, alicate de bico, alicate decapador/prensador de terminais, chave de fenda ¼ isolada, chave de fenda 3/16 isolada, chave Philips ¼ isolada, chave Philips 3/16 isolada, detector de tensão, chave de boca regulável, rolo de fita isolante de 20 metros preta, trena de 5 metros, multímetro, óculos de proteção, todas as ferramentas com 1.000 V de isolação e certificadas pelo Inmetro. Ao final das 80 horas, os alunos recebem um certificado.

“O profissional tem diversas possibilidades no mercado, podendo atuar como contratado ou autônomo em instalações elétricas, prediais, assistência técnica de instalações e equipamentos, montagem de equipamentos elétricos, funções no seguimento de iluminação, funções no segmento de segurança Elétrica/ Eletrônica ou circuito fechado de segurança, que são os CFTV”, explica o professor.

“Um curso gratuito como esse aumenta as possibilidades de ingresso no mercado de trabalho, principalmente para quem não tem condições de pagar por um curso profissionalizante. Democratizar o conhecimento é reduzir as desigualdades”, ressalta Maria Eugênia Ruiz Gumiel, diretora geral da Fundação Paulistana.

Profissionalismo e experiência

O curso pode ser também uma porta de entrada para jovens iniciantes ao mundo da eletricidade. O próprio Cristiano acabou construindo uma carreira inteira no segmento, desde que descobriu, por volta dos 11 anos de idade, sua vocação para o trabalho com a eletricidade, observando o pai, engenheiro industrial, fazendo pequenas manutenções em casa.

Aos poucos, ele foi se aproximando do tema, com curso na Escola Técnica Sequencial até chegar à graduação em Engenharia Elétrica, na Universidade Estácio UniRadial. Entre os diversos trabalhos depois da graduação, passou por indústrias nacionais e multinacionais, como a General Eletric, Hartmann & Braun e Eli Lilly no Brasil e na América Latina. E essas experiências também são compartilhadas com os alunos do curso de Elétrica de Baixa Tensão da Fundação Paulistana.

“Eletricidade é fundamental em tudo e precisamos de bons profissionais. Eu acredito muito na educação. Ela é a base de tudo”, afirma o engenheiro e professor, que sempre teve facilidade em compartilhar experiências com as pessoas. “Sempre era requisitado para ministrar cursos nas empresas em que trabalhei”, conta.


Sobre a Fundação Paulistana

A Fundação Paulistana de Educação Tecnologia e Cultura, vinculada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, da Prefeitura de São Paulo é responsável pela Escola Municipal de Educação Profissional e Saúde Pública Profº Makiguti e pelo Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes.
A Fundação é responsável pela qualificação profissional em setores estratégicos para o município de São Paulo. Já qualificou e atendeu mais de 100 mil cidadãos em seus 17 anos de existência.
Atualmente, a Fundação oferece cursos como análises clínicas, gestão em saúde, farmácia, cuidador de idosos, hemoterapia e saúde bucal, na Escola Makiguti, além de qualificação profissionalizante com cursos como moda e costura, formação em tecnologia, habilidades para gestão e empreendedorismo, trabalho no varejo, assistente administrativo, assistente de RH, assistente financeiro, assistente de logística, elétrica de baixa tensão, manutenção de transportes sustentáveis, produção de alimentos, jardinagem, aquaponia, ressignificação de resíduos sólidos e gastronomia.

 

 

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