Prefeitura de São Paulo promove live sobre desafios e oportunidades para micro e pequenas empresas e o comércio local

Encontro virtual reuniu comerciantes da região do extremo Sul da cidade para falar sobre os benefícios da colaboração entre os diversos entes da cadeia da agricultura familiar para o desenvolvimento local

No dia da Micro e Pequena Empresa (05/10), a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (SMDET) e do Observatório da Gastronomia, realizou a live “Comércio local - fomento à geração de renda na comunidade”.

Com apresentação de Lúcia Verginelli, supervisora técnica e mediação de Guta Chaves, coordenadora do Observatório do Turismo, o encontro virtual trouxe representantes de estabelecimentos de alimentação que exploram vertentes distintas, exemplificando a diversidade de experiências.

O comércio local traz muitos impactos positivos na região onde estão inseridos, gerando oportunidades de emprego e renda e promovendo o desenvolvimento social – já que o consumidor se sente corresponsável pelo crescimento destes negócios. Outro benefício intrínseco está associado ao meio ambiente, pois o deslocamento a pé para adquirir os produtos reduz a poluição sonora e do ar.

"O empreendedorismo, a inovação e a cooperação entre os diversos elos que formam a cadeia de comércio local é essencial para o sucesso das iniciativas, o que beneficia também quem vive nos bairros onde elas se desenvolvem, tendo à mão serviços de qualidade com diversidade de opções", comenta a secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Aline Cardoso. 

Jaison Lara, do Café na Mata SP, localizado na Ilha do Bororé, extremo Sul da cidade, é gestor cultural e trabalha num CCA. Além disso, ele atua na gestão compartilhada da Casa Ecoativa. “O café é o projeto mais novo, mas eu faço parte da agricultura familiar local porque, assim como a minha família, moro há muito anos aqui”, explica. “Vendemos produtos artesanais locais e contribuímos para preservar a Mata Atlântica e as áreas de mananciais”, completa.

Segundo Jaison, o bairro é também rota de cicloturismo e recebe, em média, 1.000 ciclistas no fim de semana. Este movimento proporcionou o surgimento de projetos na região que agregam experiências gastronômicas locais e turismo rural.

Ligiane Antunes está morando na região da Ilha do Bororé desde o início deste ano. Ela cultiva cogumelos com seu marido por meio da cogu.li, empresa familiar. “Desde que visitei pela primeira vez a região, me senti acolhida”, afirma. Ela integra a rede colaborativa de moradores da região, da Casa Ecoativa, da qual Jaison também faz parte. “Temos parceria com restaurantes da região, alguns pequenos comerciantes e fazemos entregas aqui também”, conclui. Para escoar a produção, ela explica também entrega diretamente para os clientes finais; participa de feiras em condomínios na região de Interlagos e Grajaú e vende para restaurantes japoneses. No Café da Mata, comercializa os produtos aos finais de semana.

A colaboração entre os agricultores e comerciantes da região é peça chave para a sustentação destes negócios. Nilson Máximo, do Inhame Bravo e a Cia. Das Cachaças, falou sobre a iniciativa Armazém Organicamente da Roça, local que existe para dar vazão à produção local, por meio de parcerias com os produtores locais. Ter o suporte do armazém, segundo ele, é essencial para garantir a viabilidade de alguns cultivos locais, pois a logística envolvida para a comercialização pode não estar ao alcance de todos.

 

 

  

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