Inscrições prorrogadas para aceleração de startups verdes da Capital

Ação tem como objetivo promover o ecossistema empreendedor, fomentando a retomada econômica sustentável

A Prefeitura de São Paulo prorrogou as inscrições para o programa de aceleração de startups verdes da Capital. A ação, realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, por meio da Ade Sampa, vai selecionar 15 negócios para oferecer seis meses de suporte para estas iniciativas, com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico sustentável da cidade. As inscrições podem ser feitas até 15 de novembro pelo link www.adesampa.com.br

“As empresas que atuam com tecnologias verdes promovem não só a inovação na Capital, como também o espírito do empreendedorismo que aquece a economia paulistana, processo fundamental para uma retomada econômica ampla e sustentável”, declara a secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Aline Cardoso. “O apoio a estas iniciativas contribuirá com a criação de resoluções de diversas problemáticas da cidade, a geração de empregos e o desenvolvimento econômico verde”, complementa.

O processo de aceleração será realizado no Hub Green Sampa, localizado na Praça Victor Civita, zona oeste da Capital, onde as startups selecionadas serão residentes e receberão um espaço fixo para desenvolver as suas atividades e expor os seus produtos e soluções.

Durante os seis meses de aceleração as startups selecionadas receberão oficinas qualificativas mensais em gestão de negócios e empreendedorismo para o desenvolvimento e modelagem do negócio; mentorias coletivas nos principais setores fomentados pelo Green Sampa, assim como nos temas governança corporativa, sustentabilidade; geração de impacto; uso e desenvolvimento de tecnologias verdes; legislação e normas regulatórias; mentorias individuais com especialistas e atuantes do setor. Além disso, as iniciativas poderão participar de eventos de rodadas de negócios e investimentos com investidores do mercado.

Podem se inscrever startups que se encaixem em um dos nove eixos abaixo:

  1. Qualidade de água e saneamento: soluções que busquem a gestão consciente de recursos hídricos, abastecimento, tratamento e acesso à água e fomento de boas práticas em coleta e tratamento de esgoto.
  2. Ecoagricultura e segurança alimentar: Formas de agricultura que apliquem conceitos ecológicos para a produção agrícola, respeitando e preservando o meio ambiente ou a busca pela garantia de alimentação suficiente e saudável, que esteja de acordo com os padrões sanitários e culturais locais.
  3. Eficiência e Clean Web: inovações que utilizam-se de softwares para eficiência, e análise e geração de dados para a melhor gestão dos recursos como energia, insumos e água, promovendo a diminuição dos danos ambientais através do uso da tecnologia de informação.
  4. Eficiência energética, energia limpa e armazenamento energético: fomento ao uso inovador de energias renováveis não poluentes e distribuição de acesso com boas práticas em armazenamento energético.
  5. Indústria limpa e logística reversa: soluções que promovam boas práticas industriais, no uso de novos materiais e gestão de matérias primas para minimizar danos produtivos ao meio ambiente.
  6. Mobilidade urbana e transporte: boas práticas em gestão da mobilidade urbana, atendendo pautas de deslocamento populacional e desenvolvimento local, ou que promovam a eficiência ambiental nos transportes, reduzindo assim os danos causados pelos transportes.
  7. Parques e áreas verdes: fomento e cuidado de áreas verdes na cidade, formando e preservando áreas de conservação e melhorias significativas na condição de vida de cidadão, além de promover a integração dos cidadãos com as áreas verdes na cidade, seja no lazer ou no comércio.
  8. Qualidade do ar: soluções que busquem verificar, controlar e reduzir emissões de gases poluentes na atmosfera, ajudando a diminuir o Efeito Estufa.
  9. Resíduos sólidos: soluções que lidem com boas práticas na redução de uso e gestão de materiais ou objetos descartados resultantes de produção humana, para reutilização e reciclagem.

Com o intuito de fomentar a diversidade de negócios, o projeto permite a participação de empresas em diferentes estágios de maturidade, na qual serão ofertadas trilhas específicas para o desenvolvimento das soluções. Na Ideação, participam negócios que estão em fase inicial de seus projetos, construindo e levantando hipóteses, identificando o problema e a lacuna de mercado, com foco em empresas já existentes no mercado que querem desenvolver um produto ou serviço novo.

A Validação é para iniciativas existentes, cujo produto e modelo estão em experimentação, testados e com MVP - Produto Viável Mínimo, pronto ou em construção. A Tração tem como objetivo acelerar negócios existentes que contam com clientes e geram receita, mas que estão em fase de identificação de áreas para crescer. E a Escala é para negócios estruturados, com espaço no mercado, com desafios de crescimento constante e investimento para expandir e replicar.

Sobre o Hub Green Sampa
O Hub Green Sampa é uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, operado pela agência Ade Sampa, e está instalado no histórico prédio do Incinerador, localizado na Praça Victor Civita, zona oeste, onde antigamente era realizada queima de lixo na Capital e agora passa a ser um local de sustentabilidade.

O prédio, que já foi sede do Museu da Sustentabilidade se tornou um grande centro de inovação para o desenvolvimento de negócios ambientais e tecnologias verdes. O hub de segunda a sexta, das 9h às 18h, mediante agendamento durante o período de pandemia pelo site www.bit.ly/greensampaagendamento

O hub, que conta com três pavimentos, recebeu investimento de R$ 1,7 milhão para uma grande reforma de adequação do prédio, que durou 17 meses, além da compra de equipamentos. O espaço térreo conta com 25 posições de trabalho, uma área de eventos para 50 pessoas, além de comedoria e espaço de interação. O primeiro andar oferece 50 estações de trabalho, sala de reuniões para 16 pessoas, uma varanda para realização de eventos com linda vista para a Praça, um estúdio para produção de materiais de áudio e três phone booths - áreas reservadas dentro do escritório, com o objetivo de criar um ambiente privativo e garantir o sigilo de conversas e informações.

No segundo andar os empreendedores terão 40 posições de trabalho, três phone booths, uma sala de reuniões com capacidade para oito pessoas e a segunda varanda para a realização de eventos.

O complexo conta também com um Teia, coworking gratuito da Prefeitura de São Paulo, que apoiará empreendedores com posições fixas e livres de trabalho, computadores com internet, wi-fi, networking com empresas de grande porte e participação em eventos, além de conteúdos de apoio ao empreendedorismo.

Green Sampa
O programa Green Sampa foi lançado em 2019 pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, com o mapeamento de empresas, startups verdes e stakeholders, analisando o ecossistema e aproximando startups das ações do programa. Durante o evento, a Prefeitura de São Paulo assinou um protocolo de intenções com a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, que tem como objetivo contribuir com o desenvolvimento sustentável do Estado de São Paulo, por meio do Green Sampa.

Anualmente, o programa oferta chamadas para aceleração de empresas de tecnologias verdes, oferecendo qualificação em temas de gestão por meio de oficinas, mentorias coletivas e individuais, rodadas de negócio e demodays. Além disso, o programa oferece também encontros de mercado, eventos de desafios lançados por empresas que desejam patrocinar soluções tecnológicas para seus processos e exposições de tecnologias verdes.

Desde sua criação, o programa já promoveu o mapeamento com mais de 400 stakeholders e diagnósticos de empresas de acordo com os eixos de atuação, implementou uma plataforma de mentorias on-line e criou uma rede de mentores especializados. Em 2020, 100 startups verdes receberam orientações individuais e coletivas na plataforma on-line. Em 2019, 24 startups foram aceleradas e tracionadas.

Durante o mapeamento de negócios ambientais, o programa Green Sampa identificou que este ecossistema é jovem, composto por 17% das empresas criadas em 2018 e 31% em 2019, e mesmo com o início da pandemia, 15% das startups verdes iniciaram suas atividades em 2020. Das 115 iniciativas participantes, 37% das soluções se identificaram com o eixo de resíduos sólidos e 30% com o eixo de indústria limpa e logística reversa.

Neste mapeamento também foi possível observar que 82% dos negócios indicaram possuir entre 1 e 10 funcionários, 10% entre 11 e 20 e apenas 8% entre 21 e 50 pessoas. Em relação à maturidade e estágio de desenvolvimento dos negócios mapeados, 37% dos respondentes se autodeclararam em MVP - Mínimo Produto Viável, 29% em fase de tração e 12% ainda estão na fase de ideação do negócio.

 

 

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