A Capital recebeu entre os dias 16 e 21 de novembro, no Pavilhão das Culturas Brasileiras, o São Paulo Fashion Week, um dos maiores festivais de moda da América Latina. Pela primeira vez após a retomada, o evento foi realizado de maneira híbrida, com 27 desfiles virtuais e 25 presenciais. Além disso, o festival contou também com exposições e instalações artísticas que possibilitaram a interação do público.

Após do GP de Fórmula1, o SPFW foi um dos principais eventos realizados na cidade de São Paulo desde março de 2020, quando foram iniciadas as restrições da pandemia do Coronavírus. Diretamente e indiretamente, o festival de moda gerou milhares de empregos e uma presença expressiva tanto virtualmente, quanto presencialmente.

A Prefeitura de São Paulo participou ativamente da ação desde o seu inicio, que foi marcado por um cortejo formado pelos participantes do Cria Costura, iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo com o Instituto In-Mood que ofereceu qualificação profissional às costureiras da Cidade Tiradentes, extremo leste da Capital, durante dois meses no Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, da Fundação Paulistana.

A abertura foi marcada pela participação das costureiras, ao som dos populares carrinhos ambulantes sonorizados das periferias até chegar à sala de desfile, finalizando a apresentação para a imprensa e influenciadores. A apresentação contou também com a embaixadora do projeto, Amanda Pieroni.

“O SPFW tem sido um grande parceiro do Poder Público antes mesmo da pandemia, e ter este festival tão importante como parceiro é extremamente importante para que possamos estar ainda mais alinhados com o mercado de trabalho. Dessa maneira, criamos políticas públicas assertivas, sabendo o que de fato o setor exige. É assim que contribuímos com a redução da desigualdade social”, declara a secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Aline Cardoso.

Empregabilidade de mulheres vítimas de violência doméstica do programa Tem Saída

O SPFW contou também com a integração de mulheres com histórico de violência doméstica em atividades de geração de renda na organização do evento. Ao todo, cinco mulheres foram selecionadas pela equipe técnica do Cate – Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo para integrar o grupo que atuou nos bastidores do festival.

Entre as atividades, as mulheres assessoraram a coordenação do backstage, controle e chegada e entrada de casting, acompanharam a logística de trabalho, troca de modelos nos desfiles, entre outras tarefas.

Sobre o Cria Costura

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, em parceria com o In-Mod, se propôs a despertar e capacitar novos talentos na área de moda e costura, transformando competências técnicas em habilidades de alto valor agregado, capacitando novos profissionais da moda por meio do programa de aceleração pessoal Cria Costura.

O primeiro piloto do programa selecionou mulheres em situação de vulnerabilidade, formadas em corte e costura e residentes de Cidade Tiradentes, um dos polos vocacionais de moda em São Paulo, no coração da zona leste.

Sob orientação do estilista e consultor Jefferson de Assis, as participantes foram orientadas para desenvolver habilidades de criação e design e desafiadas a aplicar técnicas de costura no desenvolvimento de produtos de edição limitada que foram apresentados e distribuídos a jornalistas e influenciadores no SPFW N52.

Elas passaram por quatro fases ao longo do programa que teve início em julho com um laboratório de imersão criativa a partir da metodologia zero waste, método de modelagem consciente que os designers vêm utilizando para diminuir a quantidade de resíduo têxtil.

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