Prefeitura de São Paulo fecha mês da mulher com mais de 30 mil pessoas alcançadas em ações virtuais

Público também teve acesso a ações presenciais como processos seletivos exclusivos para emprego, oficinas, feiras entre outros encontros

 

Ao longo do mês de março, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo reuniu diversas ações presenciais e virtuais para debater o papel da mulher relacionado aos seus programas, trazendo oportunidades de emprego e renda, qualificação profissional, bate-papos, feiras e oficinas. Com o tema “Lugar de Mulher é trabalhando onde ela quiser”, o objetivo da programação é trazer à luz desafios e conquistas que fazem parte da rotina das mulheres da cidade de São Paulo. Entre as ações, mais de 10 lives realizadas por meio do Facebook da SMDET alcançou mais de 30 mil pessoas no mês de março.


“Preparamos uma programação multidisciplinar com o objetivo de incluir mulheres que estejam em diversos patamares profissionais: iniciando um negócio, procurando emprego, preparando currículo ou refletindo sobre a própria carreira”, afirma a secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Aline Cardoso. “Por meio do 1º Plano Municipal de Desenvolvimento Econômico da Cidade de São Paulo, temos um diagnóstico da situação atual, com o desemprego afetando mais mulheres que homens na capital. Enquanto o recuo entre os ocupados chegou a 11% para os homens, alcançou 17,5% entre as mulheres. Esta dura realidade afetou a vida de milhares de famílias, pois muitas delas são as responsáveis pelo sustento da casa”, conclui.

Empreendedorismo
Neste segmento, a programação buscou contemplar formatos e tamanhos de negócios distintos como forma de incentivar empreendedores e trazer o frescor de novas ideias para quem busca inovar.


O Observatório da Gastronomia, que integra a Coordenadoria de Desenvolvimento Econômico, trouxe um encontro virtual com duas mulheres que estão à frente de importantes restaurantes da cidade. No dia 10, a live “Estrelas da Cozinha” reuniu as chefs de cozinha Mara Salles, do restaurante Tordesilhas e Danielle Dahoui, do Bistrô Ruella para falar sobre a trajetória das mulheres na cozinha desde a década de 1990. Foram 375 visualizações.


As convidadas falaram sobre seus desafios pessoas e aconselharam novos empreendedores no segmento gastronômico a entender todas as etapas que compreendem este tipo de negócio. A chef Dahoui destacou a importância de um curso de gestão nesta área, além da especialização em gastronomia, pois para ter sucesso é necessário dominar técnicas que vão além da cozinha em si.


No dia 17, foram convidadas as chefs de cozinha Telma Shiraishi, do restaurante Aizomê, de cozinha japonesa e Marlene Pereira Silva, do restaurante da Marlene, cozinha brasileira, para a live “Restaurantes de São Paulo”. Um dos temas centrais do debate foi o sucesso de ambas num ambiente até hoje majoritariamente masculino.


Para Telma, a fidelidade à identidade proposta é fundamental para ser bem-sucedida, além de trazer uma preocupação com o futuro do planeta e o meio ambiente. Marlene, dona de um dos estabelecimentos mais procurados de Parelheiros, o Restaurante da Marlene, afirmou que a curiosidade é uma grande aliada dos chefs. Segundo ela, um dos principais métodos de profissionalização é buscar qualificação e se interessar em cozinhar o que gosta de comer. A live registrou 532 visualizações. A mediação dos encontros ficou com Guta Chaves e Lúcia Verginelli, ambas do Observatório da Gastronomia.


A Coordenadoria de Turismo trouxe duas perspectivas distintas para abordar a mulher viajante: a turismóloga Deise Lopes, supervisora das Centrais de Informação Turística de São Paulo e Gilsimara Caresia, idealizadora do evento “Encontro de Mulheres Viajantes”, que participaram do bate-papo virtual, dia 9, com o tema “A força das mulheres no desenvolvimento do turismo brasileiro”. Enquanto Deise destacou o aumento no número de mulheres que buscam os serviços da CIT, chegando a 47% do total de atendimentos, Gilsimara, que já percorreu mais de 100 países, destacou que muitas mulheres atualmente viajam sozinhas, o que é um reflexo da autonomia financeira. O debate teve 414 visualizações.
Mulheres na Agricultura


A Coordenadoria de Agricultura passou a integrar a SMDET em fevereiro deste ano e já fez parte também das comemorações do Mês da Mulher. Por meio do bate-papo “Mulheres na Agricultura de São Paulo”, Lia Palm, Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental, atualmente à frente da Coordenadoria de Agricultura, as convidadas Luzia (Agricultura de Parelheiros); Jera (Liderança da Comunidade Indígena Tenondé Porã – Guaranis da Zona Sul); Maria Alves da Silva (representante do acampamento Comuna da Terra Irmã Alberta Perus-SP); Sebastiana (Associação de Agricultores Orgânicos da Zona Leste) e Lia Esperança (Horta Vila Esperança), falaram sobre suas rotinas na área rural da cidade. Foram 307 visualizações.


Luzia contou sobre a agricultura orgânica realizada em seu sítio, com perspectiva de tornar-se agroecológica. Em sua fala, ela destacou o início difícil, quando ela não tinha ainda uma casa construída no local. Além do cultivo de frutas, legumes e verduras, ela possui um galinheiro e cultiva milho para atender à demanda de alimentação dos animais.
Maria Alves da Silva destacou que as mulheres convidadas além de agricultoras também trazem uma preocupação com o meio ambiente. Esse compromisso faz a diferença.


Sebastiana também destacou que lutou durante muitos anos para convencer as pessoas que o cultivo de comida de verdade, sem agrotóxicos, é bom para todos, tanto para quem cultiva quanto para quem consome. Ela reconhece que o início é mais difícil e que atualmente já conquistou a confiança do entorno da sua horta na zona leste.
Lia Esperança destacou o seu trabalho de educação ambiental com a comunidade, partindo da Horta Popular Criando Esperança, na zona oeste. Cozinha experimental, pesqueiro, mini teatro e muitas outras ferramentas possibilitaram que este trabalho de sustentabilidade fosse assimilado por mais pessoas.


Durante o mês, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo realizou também as oficinas e lives “Elas Empreendem”, que tiveram como objetivo promover e potencializar o empreendedorismo feminino na Capital. As ações propuseram atividades em que as paulistanas aprendiam a usar as suas habilidades para gerar renda, como a produção de tapetes sustentáveis (feito apenas com reutilização de tecidos), maquiagem e produção de bonecas.


No período, o programa Mãos e Mentes Paulistanas promoveu diversas feiras de artesanato. A ação levou artesãs e manualistas credenciadas no programa a diversas regiões da cidade para apresentar e comercializar os seus produtos.
Uma das participantes foi Fabiana Moreira, que integrou a feira realizada na Vila Itororó. Para a empreendedora, a ação foi fundamental para alavancar suas vendas. “Minha participação no Programa Mãos e Mentes Paulistanas foi super importante para profissionalização e abrir novas possibilidades de mostrar o meu trabalho. Aprendi como estruturar novas coleções e acompanhar as tendências e me sinto mais preparada para participar dos eventos e feiras oferecidos pela Prefeitura”, declara.


A Ade Sampa, agência vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, iniciou uma nova turma do Mais Mulheres, programa que tem como objetivo fortalecer e apoiar a criação de empreendimentos por mulheres da Capital. O curso, que ocorre pelo período de dois meses, é dividido em três fases: inspiração, empoderamento e formação empreendedora. As etapas são realizadas por meio de uma trilha de aprendizado. Ao todo, 30 mulheres estão participando do processo.


Trabalho
Para ofertar emprego às mulheres, parcela da população que sofreu forte impacto durante a pandemia, o Cate - Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo realizou em 8 de março, o Contrata SP – Dia da Mulher. O mutirão de empregabilidade contou como cinco empresas que levaram equipes de recursos humanos para a unidade Interlagos do Cate para processo seletivo no local.


Ao longo do dia as candidatas tiveram acesso a mais de 400 vagas de emprego exclusivas para o público feminino em áreas do comércio, serviço e saúde, com salários entre R$ 1.100 e R$ 3.500. Durante o evento, as candidatas também puderam participar de oficinas do programa Elabora, da Fundação Paulistana de Educação, Tecnologia e Cultura, que orienta o público sobre processo seletivo, confecção de currículos e outras dicas sobre mercado de trabalho.


As mulheres tiveram também acesso ao Cate Móvel, que circulou pela capital com oportunidades de emprego e orientação sobre o mercado de trabalho nas regiões norte, sul, oeste e leste, em bairros como Jardim São Luís, Jaraguá e Itaquera. Foram 342 atendimentos no período, com cerca de 200 encaminhadas para outras etapas de seleção junto aos empregadores.


Nas redes sociais, a Fundação Paulistana promoveu uma live do programa Elabora com tema “Protagonismo da mulher no mercado de trabalho”, que debateu os desafios da mulher em cargos de liderança. Mais de 350 pessoas acompanharam o encontro virtual ao vivo.


Buscando conscientizar e capacitar as servidoras públicas, o programa Tem Saída, voltado a autonomia econômica da mulher em situação de violência, promoveu quatro encontros de imersão com atendentes do Cate e funcionárias públicas. O objetivo foi orientar as participantes sobre a violência doméstica e explicar como a iniciativa atende o público feminino. Ao todo, 117 mulheres participaram da rodada de encontros.

 

 

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