Alunos formados em programa de qualificação profissional da Prefeitura expõem projetos de finalização de curso

Bolsa Trabalho - Juventude, Trabalho e Fabricação Digital prepara jovens em áreas da tecnologia e inovação

Os 108 alunos da segunda edição anual do Bolsa Trabalho – Juventude, Trabalho e Fabricação Digital tiveram sua cerimônia de formatura na última quarta-feira, 14 de dezembro. O curso semestral de qualificação profissional é uma iniciativa das secretarias municipais de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, de Direitos Humanos e Cidadania e de Inovação e Tecnologia, em parceria com o Fab Lab Livre SP. O evento ocorreu na sede da Prefeitura Municipal de São Paulo, local em que os formandos expuseram os trabalhos desenvolvidos ao longo do curso.

Entre os projetos apresentados pelos alunos está o de Giovana Freitas e Mateus Santana. Um equipamento que ajuda pessoas com deficiência visual, em formato de óculos, a evitarem acidentes e colisões. O dispositivo detecta quando há movimento próximo, de um raio de até três metros, e emite um sinal de vibração em um anexo na região do pescoço, avisando o portador. A aluna explica como o ambiente do laboratório os inspirou e recomenda a todos que aproveitem o espaço. “Eu acho incrível a quantidade de opções que o Fab Lab oferece. Há inclusive outros cursos e outros espaços que qualquer um pode frequentar. Agora, depois do curso, podemos ir reproduzir tudo o que aprendemos. Foi um período de grande aprendizado no Bolsa Trabalho”, disse.

Mateus também pretende levar adiante o que aprendeu no curso. “Comecei a estudar tecnologia no ano passado e já tinha feito cursos de robótica e mecatrônica. Agora com o Bolsa Trabalho eu consegui aprender computação e programação, além de operar máquinas de última geração que eu não conhecia. Com certeza foi um passo muito importante para a minha formação. A disponibilidade do horário também foi um ponto positivo, os técnicos eram muito atenciosos e nos ajudaram em todos os momentos. Eu pretendo dar continuidade ao meu aprendizado e trabalhar nessa área”.

Outro trabalho exposto mostrou a versão beta de um aplicativo chamado ZL Safe, que apresenta diversas soluções de segurança para moradores e frequentadores da zona leste da capital, incluindo a opção de marcar lugares no mapa em que o indivíduo sofreu ou testemunhou violência, indicar rotas seguras, prestar relatos anônimos, indicar pontos de atendimento ao cidadão e deixar avaliações e comentários sobre estabelecimentos. Um dos membros do grupo, Gabriel de Oliveira, explica o processo de criação. “Fizemos nosso projeto voltado para a zona leste, porque somos moradores de lá e sabemos das necessidades da região. Fizemos pesquisas com amigos e também um formulário on-line, pelo Google Forms, para as pessoas responderem quais eram suas maiores preocupações. Todos indicaram a falta de segurança como um grande problema”.

Também foram apresentados projetos voltados para reciclagem, saneamento, matérias biodegradáveis, urbanização, jogos de tabuleiro e mais.

Os formandos também falaram sobre as experiências proporcionadas pelo curso além da tecnologia. Gabriel sintetiza: “Tínhamos também aulas orientadas ao mercado de trabalho, educação financeira, aprendemos a fazer currículo. Fizemos diversos passeios ao longo do curso e visitamos muitos lugares interessantes como o Memorial da Resistência, a Câmara Municipal, entre outros”.

Além de poderem utilizar a rede de laboratórios públicos Fab Lab da cidade de São Paulo, que conta com equipados com impressoras 3D, cortadoras a laser e diversas tecnologias de ponta usadas, os alunos também contam com atividades nos campos de cidadania, direitos humanos e mercado de trabalho. Os estudantes também recebem uma bolsa-auxílio mensal de R$ 627,21.

 

 Por: Camila Sales Machado

 

 

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