O prefeito Ricardo Nunes participou nesta terça-feira (23) do lançamento do Pacto Contra a Fome, um movimento que reúne entidades da sociedade civil e do poder público com o objetivo de organizar ações conjuntas e fomentar iniciativas multissetoriais que possam reduzir o desperdício de alimentos no país e ampliar a segurança alimentar da população.
“A Prefeitura de São Paulo já desenvolve um trabalho bastante forte com essas ações de combate à fome, mas sabemos que elas não são suficientes. Por isso, é muito importante que dentro deste contexto do pacto pela fome possamos dar uma luz e uma organização para a junção de forças entre a sociedade civil, as entidades, Governo do Estado, Governo Federal e a Prefeitura. Com essa união nós vamos potencializar estas ações que fazem parte do pacto”, declarou o prefeito Ricardo Nunes.
O Pacto Contra a Fome é um movimento suprapartidário que atua no engajamento social para combater a fome de forma estrutural e permanente, além de trabalhar pela redução do desperdício de alimentos. Para isso, o trabalho é multissetorial, com fortalecimento de políticas públicas, inteligência de dados, promoção de sinergias entre iniciativas já existentes e reconhecimento de boas práticas dos setores público e privado.
“Eu quero agradecer a todos os nossos parceiros, que participaram de forma voluntária para a realização desta iniciativa. Ver esse interesse de todos por este tema, que é a fome que nos assola tão tragicamente há tantos anos. Hoje formamos um time de profissionais incríveis e um grupo de 40 cofundadores, que acreditam que juntos poderemos acabar com a fome no Brasil”, destacou a idealizadora, cofundadora e presidente do Conselho do Pacto Contra a Fome, Geyze Diniz.
Entre as metas do movimento está o objetivo de que nenhuma pessoa passe fome no país até 2030, e de que até 2040 todas as pessoas se alimentem bem. Durante a cerimônia realizada na manhã desta terça, o movimento lançou o Pacto Hub, uma plataforma digital para promover conexões e dar visibilidade a iniciativas públicas e privadas de enfrentamento à fome e combate ao desperdício, além de apresentar o prêmio Pacto Contra a Fome, desenvolvido em cooperação com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) para condecorar iniciativas de destaque da sociedade civil para a segurança alimentar de toda a população.
Presente ao evento, o governador Tarcísio de Freitas lembrou dos equipamentos para atender à população carente. Atualmente, o Governo do Estado conta com 24 unidades do Bom Prato na capital, sendo que duas delas (M’Boi Mirim e Parelheiros) são mantidas em parceria com a Prefeitura de São Paulo.
“Hoje temos 107 restaurantes Bom Prato, até o final do ano serão 132. Mas, ainda assim, a gente não consegue extirpar esse mal que é a fome. Nós temos esse grande desafio e, se não unirmos forças e não aproveitarmos uma oportunidade como o Pacto Contra a Fome, a gente não vai conseguir. Essa união de esforços é o que nos traz a esperança de que vamos conseguir avançar”, afirmou o governador:
São Paulo no Combate ao Desperdício de Alimentos
Sancionado em julho de 2019, o Programa de Combate ao Desperdício de e à Perda de Alimentos é uma iniciativa que promove o combate à fome por meio da promoção da segurança alimentar e nutricional, além da diminuição dos custos gerados com a coleta de resíduos, geração de trabalho e promoção da sustentabilidade ambiental. Mais de 560 toneladas de alimentos foram distribuídas desde o início do programa.
Além das doações dos parceiros, o Banco de Alimentos recebe parte da doação arrecadada pelo Programa Municipal de Combate ao Desperdício e à Perda de Alimentos, responsável pela coleta de frutas, legumes e verduras nas feiras livres e mercados municipais da cidade que estão em boas condições de consumo, mas que seriam descartadas por não possuir valor comercial. A ação conta com a parceria de mercados e sacolões municipais, além das feiras livres espalhadas em toda a cidade. Saiba mais
Programa Municipal Banco de Alimentos
O Banco de Alimentos, da Prefeitura de São Paulo, recebe doações da agricultura familiar e também arrecada alimentos provenientes das indústrias alimentícias, redes varejistas e atacadistas que estão fora dos padrões de comercialização, mas sem restrições de caráter sanitário para o consumo. Esses alimentos são doados às entidades assistenciais, previamente cadastradas no programa, contribuindo assim no combate à fome e ao desperdício de alimentos.
A equipe do Banco de Alimentos recepciona, seleciona, separa e analisa a qualidade dos produtos e os entregam às entidades assistenciais. Estas entidades se encarregam de distribuir os alimentos arrecadados à população, seja por meio de refeições prontas ou repasse direto às famílias de baixa renda. Em contrapartida, as entidades atendidas participam de atividades de capacitação e educação alimentar e nutricional. Saiba mais
Programa Cozinha Escola
O Programa Municipal Cozinha Escola foi instituído no âmbito da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, quando passou a ser reconhecido como política pública. A partir daí o programa ganhou reconhecimento e força para expandir suas qualificações por todo o território alcançando um número maior de cidadãos a cada ano.
Com foco na geração de renda, o Cozinha Escola explora as oportunidades da gastronomia enquanto importante ferramenta de reinserção social e econômica. É por meio das qualificações que o cidadão aprende conceitos ligados às boas práticas de manipulação de alimentos, combate ao desperdício, consumo consciente, sustentabilidade, Mundo do Trabalho e técnicas culinárias, além de encontrar ambiente propício para o desenvolvimento de competências técnicas e habilidades comportamentais que o permitam gerar renda de forma autônoma ou conquistar uma vaga no mercado de trabalho.
Todas as qualificações oferecidas no âmbito do Cozinha Escola são gratuitas. As aulas são ministradas por profissionais capacitados, no formato presencial e acontecem em cozinhas situadas em equipamentos públicos ou de entidades credenciadas junto à Fundação Paulistana. Os temas também variam e são definidos com base nas oportunidades do mercado e demandas do setor.
Para participar das oficinas e cursos o cidadão deve realizar a inscrição de acordo com as informações disponibilizadas na página do Cozinha Escola, no site da Fundação Paulistana. São requisitos para realizar a inscrição: ter 18 anos ou mais e estar cursando o ensino fundamental, minimamente. Saiba mais
Cozinha Escola Solidária
A Prefeitura executa emenda parlamentar destinada ao projeto Cozinha Escola Solidária do Movimento Estadual da População em Situação de Rua. De fevereiro a julho de 2022 o recurso possibilitou a distribuição diária de 750 a 1.000 refeições (marmitas) por dia, na região da Subprefeitura Sé. Ao todo foram distribuídas 151.412 refeições e atendidas 1570 pessoas por dia. Nesse período, 26 pessoas concluíram os cursos de culinária e panificação, sendo que sete delas tornaram-se MEIs (microempreendedores individuais) e outras dez foram contratadas por empresas. Os alunos, que são encaminhados pelo Cate, recebem mensalmente R$ 550, pelo Programa Bolsa Trabalho.
Em novembro, uma nova destinação de emenda passou a ser executada pela Prefeitura, para fornecimento de 800 refeições/dia, entre almoço e jantar, com duração de seis meses (até abril de 2023). O foco do projeto da Organização foi formar pessoas na área da gastronomia e da panificação.
Programa Cidade Solidária
Em abril de 2020, por conta da situação de pandemia, a Prefeitura de São Paulo criou o Cidade Solidária. O Programa chegou a entregar 7,5 milhões de cestas básicas e a distribuir 13,5 milhões de refeições pelo Rede Cozinha Cidadã, que apoiou cerca de 700 pequenos estabelecimentos e restaurantes.
Bom Prato Paulistano
A Prefeitura de São Paulo em parceria com o Governo do Estado inaugurou duas unidades do Bom Prato Paulistano, ambas na zona sul, sendo uma no M’Boi Mirim e outra em Parelheiros. Nestes locais, são oferecidas 1.200 refeições diárias em cada endereço, sendo 300 cafés da manhã, com valor de R$ 0,50, e 900 almoços, a R$ 1.
As duas unidades funcionam de segunda a sexta, das 7 às 9h, para o café da manhã, e a partir das 11h até o término da cota diária para o almoço. O Bom Prato Paulistano M’Boi Mirim/Piraporinha fica na Av. Inácio Dias da Silva, s/nº, no M'Boi Mirim e o Bom Prato Paulistano Parelheiros está localizado na Rua Pedro Klein do Nascimento, 70.
Uma terceira unidade, o Bom Prato Armênia, está prevista para iniciar suas atividades ainda no primeiro semestre de 2023.
Programa Sampa+Rural
O Programa Sampa+Rural promove ações que visam expandir e fortalecer a agricultura na cidade. São diversos serviços articulados, disponíveis para locais de agricultura de toda a cidade como Assistência Técnica e Extensão Rural com visitas periódicas de agrônomos, gestores ambientais e outros profissionais; bolsas do Programa Operação Trabalho (POT) Agricultura; disponibilização de tratores e outras máquinas de forma rotativa e gratuita; disponibilização gratuita de bioinsumos e outras técnicas sustentáveis, entre outros. Com o Programa, a Prefeitura irá estruturar 400 hortas e negócios rurais na capital.
Administrado pela Coordenadoria de Agricultura, que conta hoje com três Casas de Agricultura Ecológica (CAEs) nas zonas Sul, Leste e Norte, sendo a última responsável pelo atendimento também dos distritos da região Centro, Oeste e Sul em sua porção urbana. Saiba mais sobre o programa e seus projetos
Observatório da Gastronomia
O Colegiado administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho conta com um comitê de discussão voltado à ações de inclusão, combate à fome e uso da gastronomia para a redução de desigualdades. Recentemente, o Observatório promoveu o 1º Prêmio Gastronomia Social Paulistana, que premiou três iniciativas que usam a gastronomia como porta de entrada para geração de renda, combate à fome e capacitação com um montante de R$ 18 mil. Para mais informações sobre o prêmio, clique aqui.
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