Nesta quarta-feira, 29 de maio, foi realizado o evento de lançamento da pesquisa "Percepções e Expectativas dos Jovens-Potências sobre a Lei da Aprendizagem" do ano de 2024, na sede da Ernest & Young, zona sul da Capital. O levantamento tem como objetivo captar e compreender as percepções e visões dos jovens-potência da cidade de São Paulo e suas expectativas de inserção profissional e primeiro emprego, especialmente no que envolve os programas de aprendizagem profissional. Na ocasião, a Prefeitura de São Paulo apresentou as iniciativas para a juventude, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, com destaque nas ações como o Bolsa Trabalho, que incentiva o jovem na qualificação profissional, com auxílio mensal de até R$ 1.623,80, a fim de evitar a evasão escolar.

A pesquisa realizada pelo Movimento Juventudes Potentes articulada pela United Way Brasil, realizada em parceria com a Lab & Tal Consultoria ouviu 600 jovens, entre 15 e 29 anos, das regiões leste e sul da Capital, localidades com maior concentração de pessoas nessa faixa etária em extrema vulnerabilidade social. O estudo mostra que a falta de acesso à informação, qualificação e experiências profissionais são os principais desafios que os jovens enfrentam ao procurar emprego. No Brasil, há 8,6 milhões de jovens (14 a 24 anos) que estão sem estudar e sem trabalhar, desses 5,4 milhões não estão nem procurando emprego, segundo dados do Ministério do Trabalho. 

Segundo a pesquisa do Movimento Juventudes Potentes apenas 1,5% dos respondentes (15 a 24 aqnos) atuava como jovem aprendiz, mas cerca de 60,4% dos entrevistados se veem trabalhando nessa posição, pois acreditam que os programas de aprendizagem podem ser uma boa forma de preparação para o mercado de trabalho. Para quase 1/3 dos jovens consultados, a falta de experiência e qualificação profissional é um obstáculo para o ingresso efetivo no mercado de trabalho. 

O evento contou com a participação de membros da United Way Brasil Gestão, incluindo a diretora executiva Gabriella Brighetti, Flávia Porto, Nayara Bazzoli, gerente do Juventudes Potentes na cidade de São Paulo, Tais Alemar, coordenadora de Inclusão Produtiva e Novos Negócios na Associação, Tatiane Dias, analista de recrutamento e seleção sênior na EY, diretora de RH da Reckitt e membro do conselho consultivo da UWB, Flávia Lisboa Porto, e o secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Amando Junior.  

“A cidade está com uma das menores taxas de desemprego desde 2015, (6,15%), no entanto, quando olhamos para o jovem os índices alcançam o dobro. Isso ocorre muito por conta do que as empresas exigem dos jovens quanto à qualificação profissional. O poder público, o terceiro setor e a área privada devem unir esforços para mudar esse cenário a fim de a juventude potente poder acessar esse mercado. A Prefeitura de São Paulo atua em políticas afirmativas como o Bolsa Trabalho que possui 6 mil vagas com a ajuda de um auxílio financeiro para que esse jovem não saia da escola. Durante a permanência a formação passa por áreas como audiovisual, tecnologia, administração, setores com maior chance de empregabilidade”, destaca o secretário adjunto Armando. 

Nesse contexto, a Prefeitura de São Paulo ainda promove a inclusão de jovens aprendizes por meio de diversas ações e equipamentos, como o Cate – Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo, administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho. Entre 2020 e 2024, 4.927 jovens foram encaminhados para entrevistas de emprego como aprendizes. O Portal Cate, plataforma gratuita com mais de 300 cursos, já emitiu 312 mil certificados.  

A administração municipal também se destaca com iniciativas da Secretaria de Inovação e Tecnologia que possui a maior rede de laboratórios públicos de fabricação digital do mundo, oferecendo mais de 30 tipos de cursos e oficinas, como modelagem 3D, eletrônica e fabricação de projetos, com equipamentos avançados como impressoras 3D, fresadoras e cortadoras a laser. Já formou mais de 10 mil jovens e possui atualmente 13 unidades.

A Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania possui um programa chamado Meu Trampo, cujo principal objetivo é capacitar jovens em situação de vulnerabilidade social, especialmente os que vivem em periferias, para o empreendedorismo e a estruturação do próprio negócio. 

Na economia criativa, por meio da Secretaria da Cultura, o jovem pode acessar a Rede Daora, que oferece nas regiões periféricas formação em produção musical e audiovisual, por meio de cursos de locução, criação de conteúdo audiovisual, iluminação, fotografia, visagismo, entre outros. O público conta ainda com a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social oferecendo proteção social a adolescentes, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social, por meio dos programas Convívio, Mundo do Trabalho e Formação Inicial e Continuada.

Sobre a Lei de Aprendizagem 

A Lei do Jovem Aprendiz, ou Lei da Aprendizagem, é a Lei 10.097 de 2000, que estabelece as regras, direitos e deveres para a contratação de jovens aprendizes, com idade entre 14 e 24 anos, pelas empresas.

Sobre o Juventudes Potentes

O Juventudes Potentes integra o movimento internacional Global Opportunity Youth Network (GOYN), uma aliança formada por jovens, empresas, governos, organizações da sociedade civil e especialistas, liderada mundialmente pelo Instituto Aspen (EUA). Articulada pela United Way Brasil (UWB), a iniciativa, que chegou na cidade de São Paulo em 2020, tem o compromisso de incluir 100 mil jovens-potência em postos dignos de trabalho ou de empreendedorismo até 2030. Para isso, o movimento tem por objetivo contribuir para promover a inclusão produtiva de jovens na cidade de São Paulo, a partir de mudanças sistêmicas e criação de oportunidades.

 

A pesquisa completa pode ser acessada aqui.  

 

 Por: Por Francielly Mamyaki

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