Em coletiva realizada terça-feira (24/10) com a jornalista e diretora de comunicação da GLAAD - Gay & Lesbian Alliance Against Defamation - Mônica Taher, foram debatidas questões envolvendo as pretensões da organização norte-americana no Brasil, como a conscientização e a orientação dos meios de comunicação em relação ao público GLBTT.

Mônica Taher deixou claro que a proposta da organização é sensibilizar, não só os veículos de comunicação em geral, como também as ONG’s da América Latina, a fim de fornecer  parâmetros de visibilidade perante  as empresas, para que juntas possam combater a discriminação. Para Taher, “educando as empresas para não serem homofóbicas, estaremos criando uma sociedade mais igualitária”.

O projeto, em parceria com a IBM, consiste em promover adaptações politicamente corretas em termos abordados pelas ONG’s e pelos veículos de  comunicação.

A coletiva permitiu, entre jornalistas GLBTT’s e alguns da mídia não específica, uma discussão sobre as formas de veiculação e como o projeto poderia ser instituído no Brasil. A GLAAD tem a intenção de promover a iniciativa também em outros países, como México e Argentina.

Quando questionada sobre o projeto no Brasil, alegando as dificuldades de comunicação entre os próprios órgãos GLBTT, a diretora afirmou que, se iniciado agora, os resultados seriam efetivos dentro de aproximadamente 15 anos, mudando assim a percepção do público e promovendo uma maior aceitação da homossexualidade.

A GLAAD, em visita aos países da América Latina, elabora estudos para análise e mapeamento de empresas que apoiam a diversidade, assim como a IBM - primeira empresa americana que manifestou interesse às instituições GLBTT’s. Mônica Taher voltará ao Brasil em novembro junto com os representantes da IBM interessados nos bons resultados do projeto.