A Aids não escolhe seus infectos

Cads

A ação da CADS para o dia mundial de combate ao HIV- AIDS contou com a palestra do gestor do programa de prevenção do Estado de São Paulo Alexandre Yamaçake. Também estiveram na abertura da mesa, o Coordenados da juventude Guilherme Coelho, a Dra. Damaris Damaris (DST-AIDS SP e Membro do Conselho Municipal de Atenção a Diversidade Sexual) elogiou a CADS em sua postura diante da luta no combate a AIDS e também O Coordenador, Cássio Rodrigo de Oliveira Silva falou por sua vez que é a doença mais democrática que se conhece.

Dentro da Secretaria Especial para Participação e Parceria, que compreende as Coordenadorias da Mulher, da População Negra, da Juventude, do Idoso e dos Portadores de Necessidades Especiais, a CADS julga inquestionável a importância de discutir a AIDS, mesmo que entre os segmentos GLBTT, o lésbico , entre os chamados grupos vulneráveis da sociedade seja o menos atingido que representa uma pequena faixa nas estatísticas.

Yamaçake seguiu em sua palestra uma ordem cronológica de acontecimentos, mostrando no princípio algumas manchetes da história da doença no Brasil, isso para pontuar a presença de grupos de risco, um termo hoje inexistente. Data de 1987, a seguinte notícia “Exército ataca Aids lembrando a proibição do homessexualismo” o termo foi substituído por homossexualidade em meados da década de 80, isso porque, o sufixo ‘ismo’ ser usado para designar doença.


“É preciso desmistificar a AIDS” diz Yamaçake. Os chamado grupos de risco já não existem, o que existe hoje é o comportamento de risco, de acordo com a vulnerabilidade de cada ser humano. Comportamento de risco é compartilhar seringas de drogas injetáveis, não usar preservativo, ter multiplicidade de parceiros sexuais, entre outras coisas que submetem as pessoas a estarem vulneráveis ao risco; na verdade todos estamos, mas esses mais enfaticamente.


Mais impressionante é a situação das mulheres infectadas nas estatísticas. Em 1989 lia-se uma proporção de 18 mulheres para um homem, hoje essa proporção é de 2 homens para uma mulher. Veja imagem dos mapas.


É a maior prova de que a AIDS não escolhe mais ninguém. É sem dúvida uma doença democrática como o Coordenador citou no início, e Yamaçake veio para mostrar que não se deve pensar na doença uma vez por ano no dia 1ºde dezembro, mas sim que devemos nos preocupar com ela todos os dias.