IV Semana da Visibilidade Lésbica

A organização Lésbica surgiu no Brasil no início de 1979, dentro do Movimento Homossexual Brasileiro (MHB). Entretanto, o pouco espaço para os grupos lésbicos, que apareceram desde então, dificultava a ação desse segmento e conseqüentemente a sua produtividade.

A primeira manifestação lésbica ocorreu apenas em 1983, no dia 19 de agosto. Um grupo de mulheres, do primeiro coletivo de lésbicas do Brasil (Galf), realizou um protesto em frente ao bar lésbico Ferro’s Bar, contra a proibição pelos donos do estabelecimento da distribuição do boletim dirigido às lésbicas. O ato contou com o apoio de ativistas gays, feministas e parlamentares da época.

A década seguinte foi muito importante para o movimento. Em 1993, grupos lésbicos e militantes lésbicas independentes organizaram o VII Encontro Brasileiro de Lésbicas e Homossexuais. Foi a primeira vez que a palavra “lésbicas” apareceu no título do encontro. Essa inserção representava a maior visibilidade para a questão das mulheres homossexuais. Três anos depois, em agosto de 1996, começou a surgir a idéia do dia da visibilidade lésbica. O que contribuiu para o aumento do espaço na sociedade, principalmente na mídia, de discussão sobre a questão dos direitos dos homossexuais.

O dia 19 de agosto, tornou-se oficialmente o Dia do Orgulho Lésbico em 2003. quando foi organizado um debate nos eventos comemorativos da Parada do Orgulho LGBT, onde o dia foi lançado. A seleção da data faz referência à primeira manifestação do segmento e traz o objetivo de estabelecer referência histórica de luta e orgulho para as lésbicas.

A Cads - Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual - trará no mês de agosto, entrevistas com importantes ativistas desse segmento. A cada semana será divulgada uma delas, que contará um pouco da história de cada mulher, de suas lutas e de como elas enxergam a evolução do movimento e da sociedade na questão do respeito e liberdade para as lésbicas.