II Vale da Participação e Parceria reuniu todas as tribos em mais de 30 horas de shows

Cads e Centro de Referência tiveram tendas com palestra e esclarecimento de dúvidas

O “II Vale de Participação e Parceria” uniu todas as tribos no Vale do Anhangabaú em comemoração aos 455 anos de São Paulo em mais de 30 horas de shows. O Vale contou com baile da terceira idade, sertanejo, reggae, samba, rap, tambores japoneses, dança africana e muita música eletrônica.

No domingo, a Cads organizou a apresentação, às 13h, do grupo Ilú Obá de Min, que contou com 50 mulheres na bateria fazendo um cortejo afro. “A questão das moças na bateria é pela necessidade do espaço da mulher, para quebrar a visão machista de que existem coisas de homem e coisas de mulher”, disse a diretora Isabeth Belesari. “Mas não somos feministas, não carregamos bandeira nenhuma”, completa. O grupo começou a apresentação numa ponta do Vale do Anhangabaú e atravessou até o palco seguido de muita gente e muitos aplausos. Logo em seguida quem assumiu o palco foi o grupo Samba de Rainha com um samba de tirar o fôlego e fazer todo mundo cantar junto.

Quem também no palco principal foi o grupo de reggae Natiruts, liderado por Alexandre Carlo, que disse em entrevista que o que mais gosta em São Paulo é a diversidade: “Já tocamos em vários lugares do mundo, mas nenhum é igual essa cidade”. Japinha, do CPM22, disse que a banda não tem preconceitos: “O CPM22 é uma banda democrática, não temos problemas com etnias e gêneros”.

Além das atividades, a Cads e o Centro de Referência de Combate a Homofobia também contaram com tendas para esclarecer dúvidas sobre diversidade sexual, saúde, respeito e legislação; além de uma palestra sobre silicone, DST/Aids, e distribuição de camisinha.