SMPP realiza projeto contra exclusão social

O Programa Operação Trabalho (POT) é um projeto da Secretaria Municipal do Trabalho que tem o objetivo de capacitar profissionalmente o trabalhador desempregado e famílias de baixa renda que residam na cidade de São Paulo.

Para apoiar a comunidade LGBTT de São Paulo, a Secretaria de Participação e Parceria, junto com a Secretaria do Trabalho, desenvolveram um POT voltado para o segmento. Seu projeto-piloto foi idealizado como proposta às demandas da sociedade civil organizada, apresentadas durante a I Conferência Municipal LGBTTT.

O foco é contribuir na inclusão social da população LGBTT de São Paulo. O programa possibilita que seus beneficiários deixem de trabalhar como profissionais do sexo, larguem as drogas e saiam das ruas, diminuindo assim, os riscos que essa profissão traz. “O programa é de grande importância, ele oferece uma oportunidade única para as pessoas que estão em situação de extrema vulnerabilidade, é possível que elas consigam o mínimo para sobreviver e iniciar uma reinserção na sociedade”, afirmou o coordenador da CADS, Franco Reinaudo. 

O POT garante que a população LGBTT, principalmente as travestis e as transexuais, participe da vida ativa da cidade através de cursos profissionalizantes em instituições como o SENAI e o SENAC. Para isso, são oferecidas oficinas como culinária, artesanato, confeitaria de bolos e doces e costura. Além de uma bolsa de 435,75 reais.

Para participar o interessado deve estar desempregado há mais de quatro meses, ou nos últimos três anos não pode ter acumulado três meses de registro e nem estar recebendo benefícios ou seguro-desemprego. Ter idade igual ou superior a 18 anos, com residência no município de São Paulo há mais de um ano, e ter renda bruta familiar de até meio salário-mínimo.
 
Dos participantes do POT, um está inscrito para uma seleção Universitária, dois estão em estágio gratuito permanente em um salão de cabeleireiro e seis conseguiram rematrícula junto ao SENAI. A demanda pelo curso é grande e existe uma espera de aproximadamente 50 pessoas que aguardam novas turmas.

“Atualmente tenho aulas de corte e costura no SENAC. Já fiz alguns pufes, colchas, almofadas e bolsas. Até relógio de parede aprendi a fazer em um seminário de habilidade promovido pelo POT em Atibaia. Faço minhas peças com sobras de retalho que pego na José Paulino, bairro paulistano, e as vendo. Com oportunidades e capacitação sei que vou conseguir vender meus produtos e ter uma renda fixa”, declarou Mirian Queiroz, uma das participantes do programa.