Reunião sobre turismo LGBT em São Paulo reúne empresários

O desenvolvimento do turismo em São Paulo para o nicho LGBT foi o tema de um encontro no dia 16 de março, segunda-feira, reunindo setores do poder público e empresários de turismo.

 O evento promovido pela Secretaria de Participação e Parceria (SMPP) através da Coordenadoria dos Assuntos da Diversidade Sexual, contou com a presença do secretário da SMPP, do coordenador da Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual (Cads), além de representantes da São Paulo Turismo (SPturis), da Associação Brasileira de turismo GLS e da SP Convention and Visitors Bureau. 

 Segundo Sara Souza, representante da SP Convention and Visitors Bureau, o importante é apoiar e captar o maior número de eventos possíveis em São Paulo. “ Precisamos promover a exaltação, por meio dos próprios habitantes, em relação às qualidades que a cidade possui, todo seu glamour”, diz Sara Souza. Para que isso aconteça, a empresa realiza um projeto com agentes turísticos do Brasil todo. Eles passam um tempo em São Paulo, acompanhados por integrantes da SP Convention e são levados para conhecer todos os pontos turísticos e atividades que possam atrair as pessoas que desejam viajar.

 Uma dessas atividades é a Parada GLBT, que é um dos maiores eventos de São Paulo, que mais agrupa turistas e que mais obtém retorno financeiro. “O turismo representa R$ 31,1 bilhões em receita e aproximadamente 5,4 milhões de empregos no Brasil. Encontros como esses são fundamentais para estimular ações de inclusão econômica e social da população LGBT. Sem falar que a Parada de São Paulo já é o segundo maior evento em receita turística para cidade”, afirmou o coordenador da Cads, Franco Reinaudo.

 Para integrar os participantes da reunião, vários empresários que realizam trabalho para o público LGBT foram convidados a participar dessa reunião. Entre eles André Fischer (dono do site Mix Brasil), Cássia Mazella (representante dos Hotéis Othon), Vitor Sofredini (dono da casa noturna Blue Space) e João Carlos Magrinelli (dono do Vermont Itaim). “Esse tipo de iniciativa é muito importante, precisamos de receitas, de turistas, de pessoas conhecendo o que São Paulo tem de bom para o segmento. Envolver parceiros nessa luta é uma somatória necessária para chegarmos ao nosso objetivo”, declarou João Carlos Magrinelli.

 Segundo pesquisa da SPturis, a cidade de São Paulo fica R$ 189 milhões mais rica no período da Parada. Esse é o retorno financeiro que cerca de 3,5 milhões de pessoas que participam do evento, deixam na cidade. 

 Até o final deste ano o segmento ganhará mais uma ferramenta para a diminuição do preconceito e da divulgação da cidade: o Centro de Informações Turísticas GLBTT. O objetivo é assegurar que os turistas do segmento recebam um bom atendimento, com informações específicas para as suas demandas e promovendo capacitação.