Foi realizada nesta sexta-feira, dia 31, no Jardim Rosana, região do Campo Limpo, zona sul, a audiência pública ‘Quanto vale ou é por tiro’, que buscou promover o diálogo e a reflexão sobre a chacina que aconteceu há um ano no bairro. Na ocasião, sete pessoas foram assassinadas. Organizado por movimentos sociais e por familiares de vítimas da violência, o evento contou com a presença do secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, além de movimentos e coletivos de luta pela garantia de direitos.

Esta é a segunda audiência realizada em busca de respostas e responsabilidades sobre os assassinatos. Rogério Sottili lembrou que, no primeiro encontro, assumiu o compromisso de lançar uma iniciativa de prevenção da violência nas regiões mais vulneráveis da Cidade. “Um ano depois, é uma satisfação dizer que avançamos nesse compromisso, com o lançamento do Plano Juventude Viva em São Paulo, realizado aqui, no Campo Limpo.” Mas o secretário fez uma ressalva: “Um ano depois, também é duro ver que a violência e as violações dos direitos humanos continuam acontecendo. Temos muito o que fazer, porque não se muda uma cultura de violência em poucos anos.”

O secretário ainda destacou a importância de a audiência ter sido uma iniciativa da sociedade civil. “Não existe Estado eficiente sem a participação da sociedade.” Em resposta às críticas sobre a violência policial, o secretário afirmou que, apesar de as polícias Civil e Militar serem de responsabilidade do governo estadual, a Prefeitura deve estabelecer uma relação positiva com as corporações. “É uma relação necessária.”