Bibliotecas dos CEUs Jardim Paulistano, São Rafael, Casa Blanca e Pêra Marmelo recebem acervo em direitos humanos

Novo acervo dará subsídio a projetos organizados pelos quatro Centros de Educação em Direitos Humanos instalados nas unidades dos CEUs

Margarida Genevois, esposa e filha do patrono Seu Souza, na inauguração do acervo especial em Direitos Humanos do CEU Pêra Marmelo

Entre os dias 25 e 27 de junho, as bibliotecas dos CEUs Jardim Paulistano, São Rafael, Casa Blanca e Pêra Marmelo inauguraram acervos especiais temáticos em direitos humanos. As unidades abrigam os quatro Centros de Educação em Direitos Humanos (CEDH) existentes na cidade e o novo acervo servirá de subsídio aos projetos realizados na área.

O espaço que comporta o acervo especial foi projetado pelo designer Celso Capociama a partir da concepção de biblioteca dinâmica de Edmir Pierroti, curador do programa de incentivo à leitura “Quem Lê Sabe Porquê”. “Uma biblioteca não é um depósito de livros”, fundamenta Pierroti, para quem uma biblioteca deve ser, sobretudo, interativa. Pensando nisso, a organização do mobiliário foi planejada de modo que a composição dos ambientes pudesse ser alterada e as peças intercambiáveis, de acordo com as necessidades que surgirem.

Acervo especial em Direitos Humanos do CEU Pêra Marmelo

O acervo dos quatro CEDHs reúne um total de 5.304 livros, parte deles adquiridos pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) e parte advindos de múltiplas contribuições, como doações do acervo pessoal de Margarida Genevois, Eduardo Suplicy e Marco Antonio Barbosa, além de organizações como a antiga Comissão Municipal de Direitos Humanos e o Instituto Vladimir Herzog. Todas as obras foram catalogados pela Secretaria Municipal de Educação e podem ser consultadas a partir do Sistema Municipal de Bibliotecas.

Cada acervo foi batizado com nomes de pessoas que são referência nas respectivas comunidades, seja na luta por direitos humanos, seja pelo envolvimento com as agendas sociais locais. O acervo em direitos humanos da biblioteca do CEU Casa Blanca, localizada na zona sul, leva o nome de Dona Lurdes, líder comunitária e uma das responsáveis pela instalação do CEU na região de Campo Limpo.

"Eu pensava que estas homenagens eram só pra quem estava morto e para minha surpresa pode ser para quem está vivo, como eu com os meus 80 anos", disse Dona Lourdes, quando soube da escolha. Os demais acervos recebem o nome de Brayan Yamarico (CEU São Rafael, zona leste), Seu Souza (CEU Pêra Marmelo, zona oeste) e João Eloi do Amaral (CEU Jardim Paulistano, zona norte).

Da esq. para dir.: Rogério Sottili (SMDHC), Eliane Pereira (DRE Freguesia/Brasilândia), Adriana Alves Farias de Lima (CEU Jardim Paulistano), Maristela do Amaral (filha do patrono João Eloy do Amaral), Eduardo Bittar (SMDHC), na inauguração do acervo do CEU Jardim Paulistano

O objetivo desta etapa do projeto é proporcionar, nas quatro macrorregiões da cidade, fácil acesso a materiais de referência, que possam complementar as formações em direitos humanos voltadas a professores, gestores e alunos. Disponibilizar o uso destes materiais nas comunidades também é preocupação dos agentes dos Centros de Educação em Direitos Humanos, que já programaram atividades para fomentar o interesse das populações do entorno.

A implementação dos acervos consolida também o processo de institucionalização dos quatro CEDHs e deixa um importante legado para o fomento de projetos de estímulo à leitura e de promoção dos direitos humanos como saraus, leituraços, trabalhos de autoria, exposições temáticas, atividades lúdicas, leituras dirigidas, intercâmbio de obras e tudo mais o que for imaginado.