Mais de 60 pessoas participaram da primeira Conferência Livre da Juventude T., realizada no último sábado, 31, no Instituto Polis, em São Paulo. O evento é um marco na organização popular de travestis e transexuais, que debateram os problemas e as soluções para o avanço da cidadania entre este público, elaborando propostas concretas para serem apresentadas ao Conselho Nacional da Juventude.

A conferência, convocada pelo Grupo de Resistência de Travestis e Transexuais Ativistas de São Paulo, o Gretta, teve o apoio do Programa Transcidadania e da Coordenação de Políticas para LGBT da Prefeitura de São Paulo, que debateu a reinserção social para o público T em situação de vulnerabilidade.

O secretário adjunto da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), Guilherme de Assis Almeida, esteve presente no evento e destacou a relação entre o poder público e a sociedade civil. “Iniciativas como esta são fundamentais para ampliar o diálogo entre a Prefeitura e o público LGBT e por isso nos colocamos a disposição para apoiar as propostas e as discussões elaboradas neste espaço”, destacou.

Propostas

O objetivo principal da Conferência da Juventude T. foi a elaboração de um texto com propostas para a 3ª Conferência Nacional da Juventude, que será realizada no mês que vem, em Brasília/ DF.

O texto final reivindica questões fundamentais para ampliar o acesso à cidadania da população T, como a inserção da categoria “Identidade de Gênero” e “Nome Social” no SIS (Sistema de Informações de Saúde) e no Censo, uma cota mínima de 5% de pessoas travestis e transesuais em empresas com a contra partida de isenção de impostos do município, entre outras questões.