A Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMDHC) registra a passagem, hoje, do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A SMDHC acompanha com grande atenção essa questão, especialmente porque as denúncias sobre o assunto crescem a cada ano, conforme atesta o telefone número 100 criado para reclamações sobre o problema.
A Prefeitura da capital, através da Secretaria Municipal de Administração e Desenvolvimento Social (SMADS) e a Comissão Municipal de Enfrentamento a Violência, Abuso e Exploração Sexual contra Criança e Adolescente promoveram ações para assinalar a passagem da data, entre as quais cinco horas de atividades, oficinas e debates no Parque do Ibirapuera.
Gravidez na adolescência, abuso sexual intra-familiar e consumo de drogas foram três dos temas em discussão, ao lado de questões como afetividade e sexualidade, diversidade sexual, feminilidade e masculinidade, prevenção a doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), assédio feminino, família, internet e redes sociais.
Em memória de Araceli
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído por lei federal para lembrar o assassinato, no Espírito Santo, de Araceli Cabrera Crespo, que foi drogada e sofreu abusos, em 1973, quando tinha 8 anos de idade.
Filha de uma boliviana com brasileiro, nascida em 1964, em São Paulo, Araceli tornou-se uma das mais emblemáticas vítimas da violência contra crianças no país. As investigações que levaram aos três acusados do crime se estenderam por vários anos. Os criminosos chegaram a ser condenados por um juiz de 1ª instância, mas após prisão, julgamento e absolvição dos acusados em 2ª instância, os três foram soltos.
Nesta 4ª feira (18) seu desaparecimento completa 43 anos, mas até agora ninguém foi punido pelo crime e todo o processo foi encerrado.