Em alusão ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa e ao Dia Mundial da Religião, comemorados todos os anos em 21 de janeiro, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania reúne representantes de diferentes credos religiosos para celebrar a cultura da paz. A iniciativa acontece a partir das 18h, da próxima segunda-feira, no auditório da SMDHC, rua Líbero Badaró, 119, centro.

Os representantes religiosos foram convidados para um diálogo sobre a importância da cultura da paz e para o respeito à diversidade religiosa, a fim de que cada um possa posicionar os presentes sobre a situação de sua religião no município. Entre as presenças aguardadas até o momento, estão representantes do ateísmo, budismo, espiritismo, candomblé, umbandismo, fé bahá’í, xamanismo e catolicismo.

Embora o Brasil possa ser considerado um país de diálogo entre as religiões, dados do Ministério dos Direitos Humanos indicam que as denúncias sobre intolerância, principalmente a religiosa, vêm aumentando. A Ouvidoria da pasta recebeu 169 denúncias de discriminação religiosa em 2017.

A violência e a perseguição por motivos religiosos no Brasil são considerados, pela Lei Federal 7.716, crimes – a pena pode variar de um a três anos de detenção e multa.

Sobre as datas
Comemorado anualmente em 21 de janeiro, o Dia Mundial da Religião busca a promoção do respeito, tolerância e diálogo entre todas as religiões existentes ao redor do globo. A criação da data teria ocorrido em dezembro de 1949, em uma Assembleia Religiosa Nacional dos Baha’is, religião monoteísta fundada na Pérsia em meados do século XIX. O objetivo é incentivar a convivência e a tolerância entre todas as diferentes religiões e doutrinas – já que muitas das guerras e conflitos tiveram (e ainda tem, mesmo atualmente) crenças diferentes como origem.

No Brasil, nesta mesma data, é celebrado ainda o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, oficializado em 2007. A data homenageia Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, do terreiro Axé Abassá de Ogum, localizado em Salvador (BA). Acusada de charlatanismo por uma publicação religiosa, teve sua casa invadida, sofreu agressões físicas e verbais e viu seu terreiro ser depredado. Após enfartar, faleceu em 21 de janeiro de 2000, vítima do crime de intolerância religiosa.

SERVIÇO

Dia Internacional de Luta contra a Intolerância Religiosa
Diálogo sobre a importância de uma cultura de paz
21 de janeiro
Auditório da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania
Rua Líbero Badaró, 119, centro, São Paulo

Programa
17h30 – Recepção dos convidados
18h – Apresentação do Hino Nacional, pelo Grupo de Corimba
18h30 – Fala da secretária Berenice Giannella
19h – Diálogo com autoridades religiosas