Delegação visita equipamentos da Prefeitura destinados a imigrantes

Uma delegação composta por representantes do Ministério da Família, da Mulher e dos Direitos Humanos, do EUROsociAL (programa de cooperação entre União Europeia e América Latina), da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e da Defensoria Pública da União (DPU) foi recebida pela secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Berenice Giannella, nesta sexta-feira (28).

A delegação conheceu no dia anterior equipamentos da Prefeitura destinados a imigrantes. O início de visita se deu pelo Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI), de responsabilidade da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, administrado pela ONG Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras).

Os participantes conheceram as instalações do CRAI, que presta atendimento a imigrantes que chegam ao residem no município. Nele, são oferecidos serviços de regularização de documentos, orientação social e jurídica, e encaminhamento para outros serviços oferecidos por secretarias municipais, órgãos públicos e parceiros, como a rede pública escolar e de saúde.

No CRAI, o atendimento é feito pelos próprios imigrantes em diferentes idiomas e por equipes constituídas por parceiros como a Defensoria Pública Municipal e a USP. A Universidade São Paulo oferece os serviços de seu Departamento de Psiquiatria e do programa Veredas, que estuda o impacto psicológico para o imigrante que se depara com uma realidade diferente de seu país de origem, a fim de ajudá-lo em sua adaptação.

O CRAI, localizado em uma casa no Bairro da Bela Vista, região central, também realiza um trabalho de empregabilidade e de encaminhamento para oficinas e cursos profissionalizantes, e de orientação sobre como revalidar diplomas de cursos e universidades estrangeiras, além de oferecer a oportunidade de aprender o idioma Português, em 13 escolas da rede municipal de ensino, por meio do Programa Portas Abertas - um dos carros-chefe da Política Municipal de Imigrantes, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação.

São Paulo deve o seu desenvolvimento à imigração. Moram na cidade atualmente pessoas de 190 nacionalidades e 36% do total de imigrantes do país estão no município, que é o único a possuir uma política municipal específica para a população migrante. Os imigrantes influenciam essa política por meio de um conselho municipal institucionalizado e eleito a cada dois anos pela própria comunidade.

Do CRAI, os participantes foram conhecer o Centro de Acolhida para Imigrantes do Sefras, também localizado no Bairro da Bela Vista, e também conheceram uma escola municipal na Zona Norte, que oferece o Portas Abertas.

A delegação foi composta por Vincenzo Castelli, especialista e consultor do EUROsociAL+; Washington Horta de Sá, diretor de Promoção e Fortalecimento dos Direitos da Criança e do Adolescente, da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; Ligia Prado da Rocha, da Defensoria Publica da União; e Gisele Netto, assessora do ACNUR.

A coordenadora de Políticas para Imigrantes Jennifer Anyuli recepcionou e acompanhou a delegação nas vistas, junto com a assessora da mesma coordenação, Ana Leon; e acompanhadas pelo assessor de Gabinete da SMDHC, Douglas Carneiro, e por Ana Beatriz Passos – assessora da Coordenação de Políticas para Criança e Adolescente.