Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha tem oficinas, shows e marcha em SP

 

Anos atrás uma rede de mulheres negras, da América Latina e do Caribe, se reuniu para combater os efeitos opressores do machismo e do racismo. O encontro ocorreu em 1992 e, depois que o grupo lutou para que a ONU reconhecesse a data, marcou o 25 de julho como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

A partir de 2014, o dia também ganhou uma homenagem a Tereza de Banguela, líder quilombola do século 18 que lutou pela comunidade negra e indígena contra os portugueses. Ela foi e é exemplo de resistência e força da mulher negra.

A Coordenação de Políticas para Mulheres participa no dia 25 de uma atividade externa no Centro Cultural de Santo Amaro para exercitar a valorização e o reconhecimento da mulher negra, latina e caribenha. No cronograma constam oficinas gratuitas de turbantes (levar os lenços), confecção de Abayomis (bonecas negras que trazem felicidade/alegria) e escrita criativa – diálogos sobre Carolina Maria de Jesus.

As atividades começam a partir das 14h no Centro Cultural de Santo Amaro (Praça Marcos Manzini - altura do n° 822 da Av. João Dias), e quem não conseguir participar das oficinas poderá desfrutar de shows com Tulipa Negra do Samba, Vozes do Ébano e o escritor Yuri Lucca.

A capital conta com a quarta edição da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo, apoiada pela Coordenação de Promoção da Igualdade Racial. Este ano ela leva o mote “Sem violência, racismo, discriminação e fome! Com dignidade, educação, trabalho, aposentadoria e saúde!”, em resposta às políticas de desmonte dos direitos sociais e as graves violações de direitos humanos.

Vestidas de branco e vermelho, elas ocuparão as ruas de São Paulo começando pela Praça da República, onde será feita a concentração a partir das 17h30, e terminando no Largo Paissandu. A ação contará com uma aula pública sobre Bem Viver - filosofia indígena que propõe outra forma de organização social, contrária ao acúmulo de capital e à exclusão – e diversas intervenções político-artísticas.