Indígenas Warao vindos da Venezuela são acolhidos por serviços da Prefeitura

 

 

No dia 1° de dezembro chegou na cidade de São Paulo um grupo de pessoas indígenas imigrantes venezuelanas da etnia Warao, atendidas por diversos serviços da Prefeitura de São Paulo, em compromisso com a implementação da Política Municipal para Imigrantes.

A partir de uma articulação interinstitucional entre a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, por meio da Coordenação de Políticas para Imigrantes e Promoção do Trabalho Decente (CPMigTD/SMDHC) e o Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI/SMDHC), a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), a Defensoria Pública da União (DPU), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), a Cáritas São Paulo, o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Pastoral Indigenista, foram realizados uma série de encaminhamentos para receber, acolher e promover a integração local desse grupo, contemplando o respeito a suas especificidades populacionais. De forma emergencial e em rede, foram garantidos elementos básicos para alimentação, higiene e acolhida, tais como cestas básicas, kits de higiene, colchões, cobertores e barracas.

A CPMigTD/SMDHC procurou estabelecer vínculo direto com as pessoas do grupo, a fim de criar laços de confiança e compreender mais aprofundadamente as necessidades do grupo. Nesse sentido, o CRAI Móvel realizou um cadastro básico dos integrantes da unidade familiar e está articulando junto à UBS e o CRAS do território um atendimento mais detalhado, bem como, está fornecendo apoio para garantir seu direito à regularização migratória.

A fim de promover a integração local a partir da construção de vínculos e redes de apoio, reconhecendo e valorizando sua diversidade cultural, a CPMigTD/SMDHC acompanhou o grupo Warao no evento “Festival da Resistência dos Povos Originários 2019”, organizado pelo Coletivo Collasuyo Maya junto a outros coletivos culturais e organizações da sociedade civil, realizado no dia 9 de dezembro, no Al Janiah. No espaço, o grupo pôde compartilhar um pouco de sua trajetória e vivência migratória e indígena, bem como vender seu artesanato e realizar uma apresentação musical. A SMDHC entende esta partilha e troca entre indígenas de diferentes nacionalidades como uma estratégia fundamental de promoção de espaços de acolhimento, apoio e promoção de autonomia, buscando fortalecer o grupo recém chegado à cidade e promovendo a visibilidade de sua cultura.