Os atos de confronto e de resistência ao racismo, ocorridos nos Estados Unidos durante os últimos dias, significam a continuidade das lutas civis negras pela igualdade de tratamento entre todos os grupos étnico-raciais.

No âmbito da realidade brasileira, estudos sobre a violência contra negros e negras, comprovam a existência de uma seletividade mortífera, cujo tom da pele associa-se a riscos de episódios discriminatórios.

Nesse sentido, a ciência social prova o quanto pretos e pardos são mais vitimizados. De acordo com o Atlas da Violência (IPEA, 2019), em 2017, “a taxa de mortes de não negros apresentou relativa estabilidade, com redução de 0,3%; a de negros cresceu 7,2%”. Os demais levantamentos denunciam a distinção de tratamento entre negros e não negros, em todos segmentos (saúde, educação, trabalho, moradia, segurança etc.), sejam eles público ou privado, confirmando a ideia de um racismo que acompanha nossa sociedade desde a formação de suas estruturas.

Ciente dos impactos decorrentes dessa cólera social, inclusive nas suas formas institucionais e estruturais, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, por meio da Coordenação de Promoção da Igualdade Racial, externa sua indignação diante do assassinato de George Floyd e de tantas outras pessoas negras exterminadas.

Com base no seu dever de enfrentamento ao genocídio da população negra, reiteramos nosso compromisso para interlocuções que se contraponham à interrupção de vidas negras, conforme dispõe o Plano Municipal de Promoção da Igualdade Racial, promulgado pela cidade em 2018.