Agosto Indígena

 

Dispostos por mais de 70 países, e compondo uma massa populacional contendo cerca de 350 milhões de pessoas, os povos indígenas sobrevivem em meio à exclusão e vulnerabilidade social. De acordo com dados disponibilizados pela ONU, 15% dos cidadãos mais pobres do mundo pertencem as etnias indígenas.

Foi tendo que lidar com esse cenário que, há 25 anos, foi criado, em 9 de agosto de 1995, o Dia Internacional dos Povos Indígenas. Seguindo por esse caminho, que em 2007 foi elaborada Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas.

Contudo, vale lembrar que diferente do Dia do Índio, comemorado em 19 de abril no Brasil desde o Governo Vargas, a celebração internacional, assim como a ação de 2007, surge no intuito de dar maior visibilidade as lutas diárias levantadas pelas populações indígenas presentes em todo o mundo.

Donos de uma diversidade étnico-cultural riquíssima, os indígenas ainda sofrem com discriminações que ultrapassam as esferas socioeconômicas. O acesso escasso a políticas públicas destinadas à educação, saúde e saneamento básico, assim como o a luta em favor preservação ambiental e contra a exploração ilegal das terras pertencentes a esses povos, faz com que os indígenas lidem constantemente com instabilidades sociais.

O Agosto Indígena vem na tentativa de fazer com que a sociedade se atente para importância da conscientização das demandas dos povos indígenas, além de escancarar as reais necessidades por trás da preservação das particularidades culturais desse fragmento populacional, para que assim suas demandas sejam de fato atendidas.

Estar atento as condições de vida em que são submetidas as sociedades indígenas, e lutar para que eles conquistem o mínimo de dignidade e respeito perante a sociedade, é um dos primeiros passos a serem dados rumo a igualdade racial.