Dom Paulo Evaristo Arns teve um papel central no processo de redemocratização do Brasil. Nomeado Arcebispo Metropolitano na maior cidade do País em 1970, tornou-se uma das vozes mais altas na defesa dos direitos humanos no território nacional. A Exposição Dom Paulo Evaristo Arns, no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso, o CCJ, equipamento da Prefeitura de São Paulo, localizado na Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo, teve até 28 de novembro entrada franca e seguindo os protocolos de segurança necessários devido à pandemia.

O evento idealizado pela regional São Paulo da Cáritas Brasileira, foi uma realização da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania com recursos provenientes de emenda parlamentar e conta com apoio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

A curadoria e coordenação-geral ficaram a cargo das biografas do arcebispo, Evanize Sydow e Marilda. A mostra utiliza elementos interativos, lúdicos, multimídia e tecnologia sensorial dispostos em vários ambientes do CCJ para cativar o público jovem. É um passeio pela trajetória do cardeal por meio de seis eixos temáticos, destacando assuntos como Democracia, Política, Sociedade, Legado Intelectual, Igreja e Comunicação. “Num momento de tantas ameaças aos direitos humanos, a vida de Dom Paulo é um exemplo e inspiração que a juventude precisa conhecer”, diz a secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, Claudia Carletto.

A exposição proporciona uma experência imersiva e interativa com o universo de Dom Paulo. Os Direitos Humanos são lembrados num jogo de amarelinha, onde o visitante percorre seus principais temas se divertindo. Na reprodução de um minicampo do Corinthians os visitantes são convidados a formar dois times para responder perguntas e disputarem entre si, para ver quem acerta mais pontos. Nessa instalação se vê a relação da trajetória de Dom Paulo e a “Democracia Corintiana”.

Numa reprodução do Deops (Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo), um dos centros de tortura na capital paulista, o público é convidado a participar da peça interativa Memórias e Resistência. O visitante é conduzido de cela em cela como os presos políticos dos anos 60 e 70. As apresentações são de quarta a sábado, às 14h e 15h30. No mesmo espaço há ainda uma versão gigante do livro Brasil: Nunca Mais, além de um grande vale remontando à vala clandestina do cemitério de Perus, onde foram encontradas mais de mil ossadas humanas, muitas delas de presos políticos desaparecidos, que são lembrados com um memorial.

Serviço
Exposição Dom Paulo Evaristo Arns

Local: Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso - CCJ
Av. Dep. Emílio Carlos, 3641, Vila Nova Cachoeirinha, São Paulo/SP – Tel. (11) 3851-0020