Secretaria promove seminário para reverter aumento de trabalho infantil

Evento acontece no Centro Cultural São Paulo (CCSP) no dia 13 de julho, data em que se celebram os 32 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); programação conta com palestra e mesa de debate com especialistas, atrações artísticas e transmissão ao vivo

O aumento das desigualdades sociais provocado pela pandemia trouxe inúmeros desafios e retrocessos e aponta para um cenário de alerta para o trabalho infantil, que voltou a crescer depois de duas décadas. Para promover conscientização e mobilização sobre o tema, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), por meio da sua Coordenação de Políticas para Criança e Adolescente (CPCA), realiza o seminário Infâncias Interrompidas: exploração infantil e os desafios na garantia de direitos de crianças e adolescentes, que acontece no dia 13 de julho, das 10h às 13h, no Centro Cultural São Paulo (CCSP) / Sala Adoniran Barbosa.

As inscrições já estão abertas, por meio do formulário disponível aqui. O seminário conta com palestra e mesa de debate com especialistas, entre eles pessoas que já passaram pela situação de trabalho infantil, e apresentações do Ballet Paraisópolis e da rapper Stefanie. O evento é gratuito, com emissão de certificado de três horas para os participantes que acompanharem os diálogos presencialmente. Para aqueles que não puderem ir ao CCSP, o seminário será transmitido ao vivo pelo canal de YouTube da SMDHC.

A programação conta com uma palestra do advogado e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) Victor Del Vecchio e uma mesa de debate com Swany Zenobini, líder do Comitê de Enfrentamento ao Tráfico Humano do Grupo Mulheres do Brasil; Emerson Ferreira, Diretor do Reflexões da Liberdade e membro do conselho penitenciário do estado de São Paulo; e Catarina Von Zuben, Desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2).

“Proteger a infância é uma responsabilidade compartilhada por toda a sociedade, uma vez que todos os cidadãos que identificarem situações de abuso e violência podem e devem denunciar”, afirma Soninha Francine, secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania. “Este seminário serve como um chamado à ação para todos nós, para nos mantermos atentos e informados sobre como identificar o trabalho infantil e a forma correta de denunciar”.

Segundo dados Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), os impactos da Covid-19 provocaram um aumento no número global de crianças e adolescentes nessa situação, que subiu para 160 milhões em 2020. No Brasil, o cenário também é alarmante. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022, aumentaram os registros de pornografia infanto-juvenil (2%) e exploração sexual infantil (7%) de 2020 para 2021, consideradas algumas das piores formas de trabalho infantil.

SERVIÇO
Infâncias Interrompidas: exploração infantil e os desafios na garantia de direitos de crianças e adolescentes – 32 anos do ECA
Quando: dia 13 de julho (quarta-feira), das 10h às 13h
Onde: Centro Cultural São Paulo (CCSP) / Sala Adoniran Barbosa (Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso, São Paulo - SP, 01504-000)
*Evento gratuito, com transmissão ao vivo via YouTube da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da cidade de São Paulo
*Inscrições abertas para participação presencial aqui, com emissão de certificado de três horas

SOBRE OS PARTICIPANTES

Victor Del Vecchio
Advogado, mestrando e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e da UNICAMP

Catarina Von Zuben
Desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2). Anteriormente, no Ministério Público do Trabalho, foi Procuradora-Chefe por quatro anos e chefiou por dois anos a Coordenação Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (CONAETE).

Swany Zenobini
Vítima do tráfico de pessoas na modalidade da mendicância forçada quando criança, hoje atua na rede de prevenção dando palestras e aulas. Atualmente coordena o Comitê de Enfrentamento ao Tráfico Humano do Grupo Mulheres do Brasil, liderado pela empresária Luiza Helena Trajano.

Emerson Ferreira
Depois de cumprir cinco anos de pena por tráfico de drogas, Emerson desafiou as estatísticas e transformou sua vida através da educação. Hoje é psicólogo, mediador de conflitos e diretor da organização Reflexões de Liberdade.

Ballet Paraisópolis
Projeto social de formação que, por meio do ensino da dança clássica e contemporânea, incentiva crianças e adolescentes na busca por melhores oportunidades de vida.

Rapper Stefanie
Com levada e métrica peculiares, Stefanie se destaca não apenas por ser uma mulher negra no movimento Hip Hop, mas principalmente pela sua qualidade musical, que transborda atitude

 

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