Curso sobre microempreendedorismo individual forma 40 jovens na zona Leste de São Paulo

Pesquisa feita em 2021 detectou que durante a pandemia muitos jovens trabalharam de maneira informal

Na última terça (30), em cerimônia no Centro de Educação Unificado (CEU) Água Azul, na Cidade Tiradentes, na zona Leste, 40 jovens formandos receberam o certificado de conclusão do curso de Microempreendedor Individual (MEI).

O curso é uma parceria da Coordenação de Políticas para Juventudes da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) com o Programa Qualifica Mais Progredir, vinculado ao Ministério da Educação (MEC), realizado por meio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFSP, que pretende, ao longo de 2022, contemplar três mil pessoas na cidade de São Paulo.

Com o objetivo de levar conhecimento sobre aspectos legais e tributários, o curso ensina como manter o negócio na formalidade. Na grade com 160 horas de duração, os alunos puderam desenvolver organização e planejamento, análise de cenários, relacionamento com o cliente, comunicação digital e educação financeira.

O foco do programa é atuar nas regiões periféricas devido ao alto número de empreendimentos que não têm a documentação necessária para o funcionamento regular.

Para Ana Paula Guerra Gomes, professora do curso, “é um incentivo para quem mora na periferia saber da importância de todos os processos. Entender os deveres e os direitos que o MEI traz”.

O curso de MEI proporciona aos alunos diversas possibilidades de atuação. Daniele Félix, de 19 anos, oradora da turma, já sabe qual caminho seguir. “Eu trabalhava com telemarketing e vi que não era isso que eu queria. Veio a oportunidade do curso e pretendo abrir uma ONG voltada a animais de rua e vou colocar em prática tudo o que aprendi aqui”.

A pesquisa Juventudes e a Pandemia do Coronavírus - Edição Cidade de São Paulo, realizada pelo Conselho Nacional de Juventude e a Coordenação de Políticas para Juventude da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania em 2021, trouxe dados expressivos quanto as atividades econômicas das juventudes paulistanas.

Entre os jovens que não estavam trabalhando formalmente, 47% exerceram alguma atividade remunerada durante a pandemia e, em sua maioria, foram ‘bicos’ ou trabalhos autônomos. 31% complementaram a renda por necessidade, uma vez que suas famílias perderam parcial ou totalmente sua renda.

“Esses dados nos atentam para a necessidade de uma resposta rápida para a inclusão produtiva das juventudes da capital e a parceria entre IFSP e CPJ vem ao encontro dessa demanda, gerando 3 mil vagas de capacitação remunerada para aqueles que querem ou já empreendem, sobretudo os mais vulneráveis. Formar duas turmas do Programa na Cidade Tiradentes nos enche de esperança, afinal as juventudes são o hoje e temos de transformar a vida delas agora", diz o coordenador de Políticas para Juventudes da SMDHC, Ramirez Lopes.

Com previsão de início para o dia 19 de setembro, as próximas turmas do programa serão montadas no bairro do Itaim Paulista.

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