Na terça-feira (20/06), foi realizada a cerimônia de formatura de 65 jovens do Programa Bolsa Trabalho: Juventude, Trabalho e Fabricação Digital, da turma do primeiro semestre de 2023. Os estudantes receberam o certificado de capacitação profissional na Praça das Artes, no centro da capital, das mãos das autoridades presentes, como a secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Soninha Francine.
O programa é feito por meio de uma articulação da Coordenação de Políticas para Juventudes da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), com as Secretarias Municipais de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SMDET) e de Inovação e Tecnologia (SMIT), com o objetivo a formar jovens em situação de vulnerabilidade social, nos temas de fabricação digital, empreendedorismo, mercado de trabalho, Direitos Humanos e Cidadania.
A secretária Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Soninha Francine (SMDHC), falou sobre o papel da Secretaria no projeto. “Trabalhamos com a promoção de Direitos Humanos e Cidadania, para que haja cada vez menos violações e o único jeito de fazer isso é em parceria com engajamento e envolvimento de toda a sociedade”.
A oradora da turma Rebeca Veinrober Leal, jovem trans de 17 anos, do FabLab Galeria Olido, conheceu o Bolsa Trabalho por meio de um amigo que passou pelo programa e gostou muito dos relatos. Ela destacou a importância de ensinar para jovens sobre tecnologia, trabalho e vida em comunidade. “O Bolsa Trabalho me influenciou de diversas formas, me trouxe experiência em áreas não só de tecnologia, mas de trabalho em equipe, desenvolvimento na comunicação, aprendizado sobre a diversidade e história”.
Além dos familiares e amigos dos formandos o evento contou com a presença de Armando Júnior, secretário-adjunto da SMDET e Roger Willians, chefe de gabinete da SMIT.
Antes da cerimônia, os formandos exibiram seus projetos construídos durante o semestre na ‘Feira Maker’. Um dos projetos expostos foi o alarme para alagamento, que consiste em uma caixa de acrílico com um giroflex, que é uma luz forte com sirene, acionado por um aplicativo. A caixa pode ser instalada em um poste de boa visualização no bairro e qualquer cidadão pode baixar o aplicativo e acionar o alarme.
Valentina Rondana, de 19 anos, aluna do FabLab de Itaquera participou do grupo que desenvolveu a caixa. De acordo com a observação dos alunos, a região alaga constantemente devido ao excesso de lixo descartado incorretamente. “Participar do Programa me fez perceber que dá para arranjar várias soluções, em coisas simples e com tecnologia”, disse a estudante.
Sobre o Programa
O Programa Bolsa Trabalho: Trabalho, Juventude e Fabricação Digital oferece bolsa-auxílio mensal de R$ 627,21 para jovens de 16 a 20 anos e tem duração de um semestre. Para ter direito à ajuda de custo, os alunos precisam frequentar ao menos 85% das atividades.
As aulas são ministradas nos Laboratórios Públicos de Fabricação Digital (FAB LAB LIVRE SP) e também em outros equipamentos públicos em todas as regiões. Já se formaram pelo Bolsa Trabalho cerca de 900 jovens da cidade de São Paulo.
Para oferecer uma formação completa, fazem parte também da grade curricular do curso temas como direito das juventudes, respeito à diversidade e Direitos Humanos, cidadania ativa, projetos de vida e mundo do trabalho, além de visitas a equipamentos sociais e culturais da cidade de São Paulo, estimulando nos jovens o senso de pertencimento à cidade.
Algumas vagas são exclusivas para jovens que cumprem medida socioeducativa em semiliberdade da Fundação Casa, em que os jovens adolescentes saem dos centros educativos para estudar e trabalhar. O programa também incentiva a participação de jovens imigrantes, indígenas, LGBTI+ e jovens com deficiência, para que possam aumentar sua inserção no mercado de trabalho.