Prêmio Luiza Mahin está com inscrições abertas

O Prêmio é destinado as mulheres negras comprometidas com a valorização da cultura negra, à inclusão social e luta antidiscriminatória

Em homenagem ao dia da mulher negra da América Latina e Caribe, o Prêmio Luiza Mahin, oferecido pela Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), por meio da Coordenação de Promoção da Igualdade Racial, busca revelar trajetórias antirracistas pouco conhecidas, premiando, com estatueta e diploma em honraria, sete mulheres selecionadas.


Para participar é preciso ser indicada por uma entidade ou rede social ligada aos movimentos negro e de mulheres, com histórico de atuação na cidade de São Paulo. No ato da inscrição é necessário informar os dados completos das pessoas a serem indicadas e as respectivas justificativas para a premiação, como homenagens e condecorações recebidas por elas anteriormente.


Todas essas informações devem ser encaminhadas ao e-mail smdhccpir@prefeitura.sp.gov.br com o assunto “Proposta - Edital Prêmio Luiza Mahin nº 003/2024/SMDHC/CPIR”, até o dia 30 de junho. Confira as informações detalhadas no edital.
O Prêmio foi instituído pela Lei 14.636, de 19 de julho de 2007, e regulamentado pelo Decreto nº 52.242.
Confira aqui a lista de ganhadoras em 2023.


Luíza Mahin
Luísa Mahin é conhecida como uma revolucionária africana, nascida na Costa da Mina, Golfo da Guiné, proveniência de um grande contingente de pessoas negras escravizadas trazidas as Américas. Livre e revolucionária, teria articulado diversas revoltas e levantes na Bahia, onde se instalou, que tinham como objetivo a libertação dos negros escravizados.

Destacam-se a Revolta dos Malês (1835) e a Sabinada (1837-1838), nas quais teria sido uma das principais lideranças.
Conforme relata seu filho, o advogado, poeta e abolicionista baiano Luís Gama (1830-1882), em carta autobiográfica de 1880, ela era uma preta retinta, altiva e geniosa. Quituteira, teria usado seu ofício para criar uma rede de comunicação entre negros revolucionários.

Segundo Luís Gama, Luísa Mahin teria sido presa por suas atividades políticas, em 1938, e desaparecido, desde então.
Não se conhecem os pormenores da história de Mahin, sendo a carta de Luís Gama a principal fonte sobre ela. No Brasil, se tornou um ícone de resistência do povo negro e das mulheres que lutam por justiça social.


Serviço

Prêmio Luíza Mahin
Prazo para inscrições: 30/06/24
E-mail para envio das inscrições: smdhccpir@prefeitura.sp.gov.br
Assunto: Proposta - Edital Prêmio Luiza Mahin nº 003/2024/SMDHC/CPIR
Edital: Clique aqui.