Tai Chi Chuan é “santo remédio” no Clube Tiquatira

Prática na zona leste é símbolo positivo de apropriação de espaços públicos pela terceira idade

Dez minutos antes da aula, boa parte da turma já está esperando a professora. A imensa maioria é de mulheres, já na faixa etária conhecida como terceira idade. Lourdes Bento Pereira, 80, é uma delas. geralmente vem caminhando, pois mora perto do Clube. Ela pratica Tai Chi Chuan há um ano e diz que além de adorar a prática, os exercícios ajudam a manter a boa forma. “Eu fui maratonista até 2000, mas parei devido à idade e comecei o Tai Chi”, afirma. É essa uma das cenas que pode ser vista no Clube Escola Tiquatira, zona leste da capital, todas as segundas e quartas-feiras.

A prática de origem chinesa, que através de movimentos corporais, busca fortalecer e equilibrar a energia (Chi). A grande maioria está praticando por indicação médica e os relatos são que o Tai Chi mudou a vida de todos. “Eu tinha dores nos braços e nas pernas, mal conseguia movimentá-los” diz Maria Aparecida Ornelas de Morais, 60 anos, mais conhecida como Dona Cida.

Maria de Lourdes Marinho Lucatelli, 73, também veio por indicação médica. “Eu tenho artrose e já tentei outros métodos, fiz fisioterapia, mas só o Tai Chi ajudou, melhorou até a minha autoestima”, afirma.

Caminhando devagar e com ajuda, Maria Andrade Martins, 95 anos, chega para a aula. Ela é considerada a “mascote” da turma e pratica Tai Chi há quatro anos. A aula começa, e sentado numa cadeira, ela faz os exercícios da forma que consegue.

Todos estão agora bem concentrados, e relaxam praticando os movimentos. Marlene, a professora, unanimidade entre todos, adapta os exercícios mais difíceis, para que todas possam praticar. “Não dá para levantar, deixa a ponta dos pés no chão”, orienta durante um exercício. Se preciso, ela vai até o aluno e corrige sua postura.

A aula acaba, mas todos estão bem dispostos, como se estivessem prontos para mais uma fase. Segundo Maria de Sá Monte, 63, além das dores sumirem, ela sai revigorada após os exercícios. Benedita Borges da Silva, 85, apesar da idade, chega ao final mostrando muito entusiasmo e reitera que “graças à prática de atividades física eu ainda estou com saúde e ânimo nessa idade”. Ela utiliza o Clube há 23 anos. Maria Isabel Souza, 68, mal conseguia andar quando começou o Tai Chi, há cinco meses. “Agora eu chego com dor e saio melhor”, conclui.


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Texto
:
Rafael Silva – raaugusto@prefeitura.sp.gov.br
Foto:
Paulo Dias - psdias@prefeitura.sp.gov.br

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